21 nov Aves de rapina e suas ligações perigosas
(Coluna de Carlos Damião, ND 21/11/2014)
Analisando os fatos investigados pela Operação Ave de Rapina, a gente /percebe que as histórias, de modo geral, remetem à palavra cobiça. Digamos, cobiça desmedida, sem limites, de uns e de outros, não apenas pelo poder, mas pelas possibilidades que o poder oferece para a realização de negócios e angariação de recursos ilegais para partidos políticos e campanhas.
Práticas que não começaram agora, mas se tornaram comuns nos últimos anos, nas perigosas relações entre prefeituras, câmaras de vereadores e empresários dos mais diversos segmentos. Ouço relatos, em alguns ambientes, sobre as abordagens de vereadores e autoridades municipais, de variados escalões, sempre com foco em algum tipo de vantagem pessoal ou partidária.
Ser honesto, transparente ou ético tornou-se exceção, quando deveria ser a regra. E há indicativos de que nos últimos anos, pelo menos em dois municípios da Grande Florianópolis, havia uma “escolinha” que inspirava detentores de cargos públicos a transformar suas atividades em balcão de negócios; a pronúncia da frase “e o que eu vou ganhar com isso” era a senha descarada para obter propinas, de valores irrisórios aos milhões de reais.
A “escolinha” contaminou diferentes esferas de poder, em diversas áreas de atuação, sempre envolvendo licitações e licenças para empreendimentos. Confira na íntegra!