10 out Seminário aborda tecnologias sustentáveis para uso de lodos sanitários
Apresentar tecnologias com potencial sustentável para o uso dos lodos gerados em estações de tratamento de água e de efluentes (ETAs e ETEs) e discutir novas diretrizes para projetos e empreendimentos é o foco do seminário promovido pela Associação Catarinense de Engenheiros Sanitaristas e Ambientais (Acesa) nos dias 9 e 10 de outubro, em Florianópolis.
O debate envolve formas de reaproveitamento e destinação final do lodo resultante do processo de tratamento de esgoto sanitário. “Trazemos à tona duas principais tecnologias: o uso agrícola do lodo, que devolve para o solo os nutrientes gerados no processo de tratamento do esgoto, e a incineração, que elimina de fato todo esse passivo ambiental “, explicou o engenheiro sanitarista da Casan e coordenador técnico do evento, Lucas Barros Arruda.
Algumas dessas tecnologias sustentáveis já são aplicadas no Brasil. Arruda destacou a experiência do estado do Paraná. “Quase 100% do lodo é empregado na agricultura, com um retorno ambiental e econômico muito positivo”, disse. Em Santa Catarina, no entanto, a destinação final do lodo são os aterros sanitários. “Florianópolis, por exemplo, que tem uma cobertura de rede coletora de 50%, gera em média mil toneladas de lodo por mês. Precisamos buscar soluções, novos caminhos”, ressaltou.
De acordo com o presidente da Acesa, Henrique da Cunha Santana, 48,3% da população brasileira tem acesso à coleta de esgoto. No entanto, apenas 38,7% recebe tratamento. No estado, o índice de coleta e tratamento é de aproximadamente 15%. “Os números são muito baixos, e o quadro se agrava em Santa Catarina, mas as expectativas para os próximos anos são promissoras. Precisamos definir as tecnologias mais adequadas à realidade catarinense”, avaliou.
O seminário é realizado com o apoio da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) e da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). O encontro reúne profissionais da área, professores e estudantes de engenharia; além de químicos, administradores públicos, profissionais de empresas prestadoras de serviços de saneamento, representantes de órgãos de fiscalização e de fundações de meio ambiente.
(Agência ALESC , 09/10/2014)