06 out “SC não é, não será, nem poderá ser refém da criminalidade”, diz governador
Em entrevista coletiva no Centro Administrativo, em Florianópolis, ao lado da cúpula da segurança, o governador interino Nelson Schaefer Martins destacou nesta sexta-feira (dia 3), que as forças do estado estão dedicando-se ao planejamento e à organização do enfrentamento de possíveis novos atentados. E informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, vem ao Estado ainda nesta sexta-feira, 3, para avaliar e discutir as estratégias para conter a onda de ataques criminosos. “Santa Catarina não é, não será, nem poderá ser refém da criminalidade. Nossa reação será enérgica e rápida”, prometeu, acrescentando que não acontecerão “incidentes no dia da eleição”.
Schaefer ressaltou ainda que “o que está causando toda essa situação é, principalmente, o sufoco econômico que nós impusemos à criminalidade em nosso Estado”. Ele ainda frisou que é preciso esclarecer à população que a força policial do Estado tem controle da situação, mas que diante da repetição dos ataques é necessária essa atuação em conjunto com o governo federal.
Segundo o governador interino, a inteligência da Secretaria de Segurança Pública detectou uma “tênue” informação sobre a nova onda de atentados. “Era (uma informação) muito superficial e logo em seguida começaram os ataques”, justificou, destacando que a inteligência foi responsável pela frustração de nove atentados.
Schaefer avisou que o estado já conhece quem no sistema prisional repercute as informações e quem são elementos de fora do sistema carcerário que comandam a execução das ordens. O governador enviou uma mensagem aos catarinenses, “saibam que o estado está atento aos acontecimentos, e elogiou o “heroísmo e a dedicação” de policiais e agentes.
Ações
Entre as principais ações no combate à criminalidade, estão o aumento do número de apreensões de drogas e armas. Segundo dados da secretaria de Estado da Segurança Pública, as apreensões de armas de fogo realizadas pelas polícias Civil e Militar passaram de 1.240, em 2011, para 2.671 em 2014. Entre o material recolhido estão revólveres, pistolas, espingardas, garruchas, fuzis, rifles, granadas, carabinas e metralhadoras. Além disso, em três meses, também foram apreendidas três toneladas de drogas.
“Sufocamos o suporte econômico das organizações criminosas e, infelizmente, esse trabalho resultou nessa resposta violenta ao nosso Estado. Permaneceremos firmes na retomada da ordem e da tranquilidade, porque a população não está e não vai ficar nas mãos dos criminosos”, finalizou Schaefer.
(Agência ALESC , 03/10/2014)