30 out Greve no transporte de Florianópolis está à espreita após impasse entre empresas e trabalhadores
Sem acordo e com a sombra de uma nova greve à espreita. Assim terminou a audiência de conciliação entre Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano) e Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), nesta quinta-feira, no MPT (Ministério Público do Trabalho). Dessa forma, o impasse entre as partes se manteve e motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis seguem com a possibilidade de paralisar as atividades a partir de segunda-feira, dois dias depois da implantação do novo sistema de transporte coletivo da Capital, que será gerenciado pelo consórcio Fênix.
O Sintraturb alega que o intervalo de motoristas e cobradores não pode ultrapassar uma hora, de acordo com o que determina a convenção coletiva em vigor assinada entre os sindicatos. “Se eles não concordarem em deixar o intervalo em uma hora, faremos greve. Talvez não na segunda-feira, mas teremos greve se não atenderem o que é um direito nosso”, disse Antônio Martins, diretor do Sintraturb, que alega ser uma hora de parada o suficiente. “Os outros 60 minutos representarão perdas, já que os trabalhadores ficarão parados sem ganhar nada”, disse.
O Setuf propõe fechar a alteração no período de intervalo em uma hora e meia. O presidente do Setuf, Waldir Gomes, não foi localizado para falar sobre o impasse. Na reunião convocada pelo procurador regional do Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas, não houve acordo. As partes se comprometeram apenas em persistirem nas tratativas. O procurador aguardará os rumos das negociações para ver que medidas serão cabíveis, caso a paralisação se confirme.
(Notícias do Dia Online, 30/10/2014)