19 set O trapiche vai dar saudade
Após a recomendação do Ministério Público de Santa Catarina e inspeção da Defesa Civil, o prefeito de Florianópolis definiu que o trapiche na Praia da Saudade, no bairro Coqueiros será demolido. Cesar Souza Junior determinou também a execução de um estudo para a construção de uma nova passarela e a revitalização da estrutura que existia no local. A avaliação deve ser feita na próxima semana.
Conforme vistoria da Defesa Civil, o local que já foi ponto de encontro e lazer de moradores entre as décadas de 1960 e 1970, está totalmente em ruínas e sem condições de reformas. Um laudo feito em 2012 já alertava do problema. De acordo com o secretário de Comunicação da prefeitura, João Cavallazzi, a ideia é revitalizar o espaço tornando o local, onde antes era um mirante, em um centro de convivência pública.
O projeto deve ser elaborado pela Secretaria de Obras nos próximos 15 dias. A prefeitura ainda não tem estimativa de valores e nem estima a data para o início das obras.
Estrutura está em risco
A estrutura do píer não suportaria uma reforma, portando a alternativa é a demolição. Foi o que apontou a última vistoria da Defesa Civil. O chefe do setor de atividade técnica do órgão em Florianópolis, Luiz Eduardo Machado, explica que o trapiche ficou por pelo menos 20 anos sem atenção.
– Não tem mais guarda-corpo, há pontas de ferro soltas e é perigoso. A estrutura não suportaria o acúmulo de 15 ou 20 pessoas, por exemplo – alerta.
Um laudo técnico será apresentado por engenheiros da Defesa Civil hoje. Machado lembra que tapumes já foram colocados para evitar o acesso de desavisados, mas que foram retirados por populares.
Para evitar acidentes a Secretaria do Continente vai fazer um novo fechamento do local. Até meados da semana que vem ficará pronto o plano de trabalho para a demolição. Os entulhos não poderão cair no mar.
( DC , 19/09/2014)
Hoje é o último dia para que o trapiche seja interditado
O Ministério Público deu 72 horas para interdição do local. O prazo termina hoje, sob pena de multa. Segundo o promotor de Justiça Daniel Paladino a prefeitura tem ainda 30 dias para informar a solução do problema: demolir ou recuperar a área.
– Foi relatado pela prefeitura que uma vistoria feita em 2012 já alertava para o risco de desabamento. Se um dia foi uma passarela, agora está totalmente descaracterizada. O problema se agravou e o risco é iminente – destaca o promotor.
Abandono começou na década de 1990
Com uma extensão de 94 metros, da rua até o mirante, o trapiche na Praia da Saudade foi construído na década de 1960. Nesta época, na ponta da passarela, estava o restaurante Arrastão.
O engenheiro aposentado Jairo de Abreu, 66 anos, que trabalhava na Prefeitura de Florianópolis, lembra que o local era frequentado por casais que gostavam de dançar e ouvir música. Anos depois, entre 1991 ou 1992, já havia abandono e o espaço foi transformado em píer, com mirante e local para pesca.
(DC, 19/09/2014)