16 set Alça de Contorno: FUNAI emperra licença
O COMDES (Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis) foi informado que a FUNAI (Fundação Nacional Índio) já enviou ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) sua manifestação sobre o processo de licenciamento do Contorno Viário da Grande Florianópolis. No documento, a FUNAI estaria condicionando a anuência para liberação das licenças a mais audiências na Comunidade e a complementação de Estudo de Componentes Indígenas por parte da concessionária Autopista Litoral Sul. Embora ainda não tenha tido acesso à resposta formal da FUNAI ao IBAMA, o COMDES está alarmado com o atraso que esta posição da FUNAI pode gerar ao processo de viabilização da chamada Alça de Contorno da BR 101. Oito comunidades indígenas estão no entorno do traçado previsto para a Alça de Contorno, sendo que a comunidade mais próxima ao trecho fica a 3,3 quilômetros de distância.
“Mais uma vez o poder público se mostra desarticulado e faz com que a comunidade pague um preço muito alto pelos congestionamentos e acidentes que vivemos diariamente neste trecho da BT 101. A FUNAI já deveria ter se manifestado há muito tempo”, reclama a presidente da Associação FloripAmanhã, Zena Becker.
Obras em ritmo lento
Embora as máquinas estejam no trecho Norte da Alça de Contorno, em Biguaçu, desde o dia 29 de maio, pouco se fez pela obra que deve desviar 18 mil veículos pesados por dia nos trechos São José, Biguaçu e Palhoça da BR-101. O COMDES continua monitorando o andamento dos trabalhos, e também pressiona a ANTT, que não respondeu ainda os ofícios protocolados em julho deste ano com questionamentos sobre o andamento das indenizações de toda a Alça de Contorno (separadas por municípios) e sobre a possível alteração de traçado no município de Palhoça e os possíveis impactos sobre as licenças e os prazos da obra.
A presidente da Associação FloripAmanhã e coordenadora do grupo de trabalho Mobilidade Urbana do COMDES, Zena Becker, afirma que o Conselho precisa criar uma estratégia bem pensada para que a licença de instalação enfim saia. “Vamos continuar acompanhando o cronograma das obras e cobrar o governo para que a obra alavanque. Os trabalhos estão muito atrasados e esta posição da FUNAI nos preocupa ainda mais”, afirma.
O representante da ACIP no grupo de trabalho Mobilidade Urbana do Comdes, Nelson Silveira declara desanimadora a situação da Alça de Contorno. “Até agora, pouco foi feito. A Autopista Litoral Sul afirma que as indenizações das casas que passam pelos trechos estão acertadas, mas a verdade é que faltam muitas a serem resolvidas ainda”, revela.
A reunião do COMDES foi realizada na sexta-feira (05/09), na sede da ACE (Associação Catarinense de Engenheiros), em Coqueiros, com a presença do engenheiro Ricardo Saporiti, contratado pela FIESC para acompanhar as obras que devem ser realizadas pelo Autopista Litoral Sul conforme Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 28/08/2013.
Região Metropolitana de Florianópolis
Nesta reunião, os membros do COMDES também comemoraram a aprovação da Região Metropolitana de Florianópolis, na última quarta-feira (03/08), na Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina), e sancionada na terça-feira (09/09).