25 ago Memória de Florianópolis – A ponte Hercílio Luz em três tempos
No fim da semana em que ficamos chocados com a divulgação de novo ano para o fim das obras na Ponte Hercílio Luz (2017), busquei três imagens ilustrativas, duas delas bem instigantes, para estimular nossas reflexões e, de certa forma, aumentar a raiva ou a indignação.
* * *
A reprodução do documento antigo (enviada em 2010 pelo amigo Saulo Silva, da Quadra, falecido em 28 de maio de 2011) é a prova de que o pedágio era uma solução, nos primeiros tempos da ponte, para o pagamento dos empréstimos contraídos para sua construção. Funcionou durante alguns anos e o pagamento era mensal. O passe deveria ser apresentado nas cabines de entrada e saída da ilha. O documento em questão é do ano de 1929.
* * *
A imagem colorida maior, muito difundida nas redes sociais (não consegui identificar a autoria), mostra a ponte num ano situado entre 1974 e 1977. Reparem que o aterro da Baía Sul ainda estava em implantação, com grande movimentação de barro (terraplenagem) na região da Rita Maria. A obra de ligação com a avenida Rubens de Arruda Ramos (Beira-Mar Norte) sequer havia começado, a praia do Arataca ainda estava intacta.
* * *
Interessante observar também que o paredão de concreto na cidade estava mais restrito à região central. O lado esquerdo, a partir do Forte de Santana em direção ao fundo, ainda não se desenvolvera do ponto de vista da construção civil. Nos dias de hoje, a paisagem é dominada por prédios.
(Por Carlos Damião, ND,