04 jul Planos de saúde: Governo autoriza reajuste de 9,65%
As mensalidades dos planos de saúde individuais poderão ser reajustadas em até 9,65% entre maio de 2014 e abril de 2015, índice maior do que a inflação, que tem ficado por volta dos 6%. O aumento estipulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o maior desde 2005, quando o teto para reajuste foi 11,69%.
O s planos individuais reúnem 8,8 milhões de beneficiários, 17,4% do mercado brasileiro. Os outros planos de saúde vendidos no país são coletivos e não têm o reajuste máximo estipulado pela agência reguladora.
O reajuste autorizado pela ANS será aplicado a partir da data de aniversário do contrato, mas pode ser retroativo, caso a defasagem entre o aumento e a data de aniversário seja, no máximo, de quatro meses.
A agência reguladora explica que a metodologia utilizada para calcular o índice máximo de reajuste leva em consideração a média dos percentuais de aumento dos planos coletivos com mais de 30 beneficiários.
A ANS alerta que os consumidores devem ficar atentos aos boletos de pagamento e observar se o percentual de reajuste aplicado é igual ou inferior ao limite autorizado pela agência. Outro aspecto a ser observado é se a cobrança do reajuste é feita a partir do mês de aniversário do contrato.
Em caso de dúvida, a agência pede que os consumidores entrem em contato pelo Disque ANS (0800 701 9656). É possível fazer a queixa também na internet ou em um dos 12 núcleos de atendimento da agência no país.
Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa operadoras responsáveis por 38% dos beneficiários de planos de saúde, há necessidade de aperfeiçoamento do modelo de cálculo do índice anual de reajuste das mensalidades para assegurar o equilíbrio financeiro das empresas.
A entidade alega que a despesa assistencial per capita na saúde suplementar, entre 2004 e 2013, cresceu 133,7%, mais do que o dobro da variação acumulada do IPCA, de 61,1%. Segundo a FenaSaúde, em 2013, os atendimentos a segurados consumiu 83,7% do que as operadoras arrecadaram com as mensalidades. A margem líquida de lucro foi a menor dos últimos cinco anos, de 2,2%.
(DC, 04/07/2014)