25 jun Sintraturb realizará três assembleias para discutir rumos depois do dissídio
Nos últimos 50 dias, a população de Florianópolis acompanha com atenção o impasse no transporte coletivo. Depois do julgamento do dissídio coletivo entre Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano), Setuf (Sindicato das Empresas) e Prefeitura da Capital ter atendido em boa parte as reivindicações dos motoristas e cobradores, três novas assembleias da categoria nesta quarta-feira (25) devem ser decisivas para saber que rumos o movimento tomará no restante do ano.
De acordo com Deonísio Linder, diretor do Sintraturb, as assembleias serão realizadas em três horários diferentes para que todos os trabalhadores possam comparecer. O primeiro encontro será às 9h30, depois às 15h30 e por último às 19h, sempre no canteiro em frente à praça Fernando Machado, no Centro. “Vamos discutir o resultado do julgamento do dissídio, levar para a categoria a questão do aumento salarial, do vale-alimentação e também a questão dos postos de trabalho, que depois de muita luta conseguimos que fosse extinta a demissão de 350 cobradores”, disse.
Além disso, a pauta da assembleia incluirá a discussão sobre possíveis novas paralisações, bem como a questão referente aos recursos que podem ser impetrados pelo Sintraturb em relação às multas que o sindicato levou pelas três paralisações em maio. “A intenção das assembleias é compartilhar com os trabalhadores todas as questões ainda pendentes nessa discussão com as empresas e prefeitura”, afirmou.
Julgamento do dia 18 de junho
Depois de três paralisações dos ônibus de Florianópolis em maio e duas audiências de conciliação entre as partes, na quarta-feira passada, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgou o dissídio coletivo entre Sintraturb, Setuf e Prefeitura. Na ocasião, o desembargador Jorge Luiz Volpato preservou os postos de trabalho de 350 cobradores ameaçados de demissão a partir de 1° de novembro, quando entra em operação o Consórcio Fênix, novo operador do sistema de ônibus na cidade.
Os sindicatos também foram multados em R$ 150 mil cada um pelas paralisações de maio. O julgamento teve outros pontos analisados pelo tribunal. Em relação aos reajustes na folha salarial e no vale-alimentação, propostos pelo Sintraturb, Volpato fixou o reajuste de salário em 8% e o valor do vale-alimentação em R$ 500.
( Notícias do Dia Online, 24/06/2014)