10 jun Casan nega ter despejado esgoto bruto na Baía Sul, em Florianópolis
Um funcionário da Casan denunciou nesta segunda-feira, à RICTV, que a companhia despejou esgoto bruto na baía sul durante 15 horas seguidas, no último sábado. Conforme o funcionário, que não quis se identificar, ocorreu uma falha na subestação de energia interna na estação de tratamento de esgoto insular da companhia, que fica na entrada da Ilha. A Casan confirmou a falta de energia, mas negou que o esgoto bruto tenha sido despejado no mar.
A denúncia de dano ambiental foi feita por um funcionário da Casan à equipe de reportagem da RICTV e exibida ontem no Jornal do Meio Dia. Segundo o trabalhador, o problema teria começado por volta do meio-dia.
De acordo com ele, depois de quedas de energia, uma equipe da Celesc foi ao local por volta de 23h30 para tentar solucionar o problema de falta de luz. Depois que os técnicos saíram da estação, houve novamente uma queda de energia e o sistema ficou operando em meia fase. Desta forma, as bombas que fazem a captação para o tratamento do esgoto não funcionaram.
Para evitar dano ambiental, as bases elevatórias, que ficam do lado externo da estação, poderiam ter sido desativadas, mas para isso os funcionários precisariam de uma ordem de um dos diretores da Casan. Segundo o denunciante, nenhum dos responsáveis foi encontrado para dar a ordem de desligamento. “O telefone só chamava e ninguém atendia e quando atenderam eles estavam mais perdidos do que nós”, disse o funcionário. Com os reservatórios cheios, todo o esgoto foi parar no mar e somente no domingo, por volta das 10h30, a falha foi solucionada.
Casan nega problema operacional
A denúncia de que uma falha na ETE Insular-Centro teria provocado o despejo de esgoto bruto ao mar foi negada pela Casan. De acordo com o engenheiro da área de esgoto da Superintendência Metropolitana da Casan, Jair Sartorato,ocorreu a falta de energia, mas a qualidade no processo de tratamento da Casan não foi comprometida.
“O problema na nossa subestação ficou caracterizado pela falta de uma das fases na entrada de energia. Mas todo o processo operacional foi acompanhado pelo superintendente e engenheiros da operação. Durante este período a estação de tratamento não sofreu qualquer problema operacional”, garantiu.
Sartorato disse que as elevatórias não poderiam ser desligadas, conforme afirmou o denunciante. “Lamentamos o desconhecimento técnico do funcionário. Se as elevatórias fossem desligadas lançariam de imediato esgoto bruto e sem tratamento no mar. O restabelecimento do processo operacional se deu sem comprometimento no tratamento”, explicou.
(Notícias do Dia Online, 09/06/2014)