02 maio Alerta para possível racionamento de energia em todo país
A possibilidade do racionamento de energia no país preocupa indústrias e empresas ligadas ao setor elétrico em Santa Catarina. Apesar da negativa do ONS (Operador Nacional de Energia) sobre a chance de corte a partir de maio, especialistas defenderam na tarde desta terça-feira (29), durante a reunião da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), a necessidade de redução do consumo para que os reservatórios hídricos se recuperem durante o período de pouca chuva, que vai até novembro.
O jornal “Valor Econômico” publicou na edição de terça que técnicos do ONS, órgão que regula o sistema interligado nacional de energia, defenderam uma redução de 4% a 6% da carga de eletricidade no país a partir de maio. O Operador negou as informações e divulgou uma nota que exclui a possibilidade de corte. No entanto, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) prepara os clientes empresariais para o pior. “Há 45 dias, nos reunimos com os nossos clientes especiais e conversamos sobre o panorama nacional, que não é bom. A energia está cara e Santa Catarina teve um crescimento de 18% este ano, em relação a 2013”, disse a chefe do Departamento de Comercialização de Energia da Celesc, Ivone Faria, que ainda informou que a indústria eletrointensiva, como a de alumínio, deve ser a mais afetada em caso de corte energético.
Para o consumidor comum, Ivone esclareceu que ainda não há nenhuma restrição para o consumo. Segundo ela, dependerá do Governo Federal a criação de campanhas para estimular a economia de energia. Segundo o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, Otmar Josef Muller, a falta de preparo do Governo Federal preocupa a indústria. “As indústrias têm se esforçado na otimização do uso da energia mas não há como reduzir muito o consumo sem afetar a produção”, criticou.
Nesta quarta-feira, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), realiza mais um leilão de energia para consumo imediato. A diretoria da Celesc não informou quanto pretende comprar. O aumento na tarifa de energia no Estado em agosto, quando a distribuidora pode fazer um reajuste, pode chegar a 30%.
(Notícias do Dia Online, 30/04/2014)