25 fev Novo impasse põe obras da Hercílio Luz em xeque
Após ameaça por parte do governo do Estado de romper o contrato para a reforma da ponte, presidente da empresa contratada admite atraso, mas diz que entrega serviço no prazo
Quando 5 de março chegar, logo após o feriadão de Carnaval, o governador Raimundo Colombo e os técnicos do Deinfra serão interceptados pelos engenheiros do consórcio Florianópolis Monumento, responsável pela restauração da Ponte Hercílio Luz, na Capital. E ouvirão do presidente da construtora Espaço Aberto, Paulo Ney Almeida a garantia de que as obras não vão atrasar..
Após ameaça por parte do governo do Estado de romper o contrato para a reforma da ponte, presidente da empresa contratada admite atraso, mas diz que entrega serviço no prazo
A resposta de Almeida é só mais um capítulo das alfinetadas que empresa e o governo do Estado vêm trocando desde sexta-feira e que inclui ameaça de rompimento de contrato. Primeiro, o governador afirmou que “o atraso nas obras não será mais tolerado”. Por isso, ameaçou dar fim ao contrato. Depois, o ultimato deu lugar a uma nova chance, estabelecendo prazos para a empreiteira apresentar novo cronograma de entrega. A empresa rebateu e garantiu: vai apresentar o novo cronograma, alterando o andamento dos trabalhos, mas manterá a conclusão para o mesmo período anterior: dezembro deste ano.
Ontem, por telefone, Almeida admitiu o atraso, mas garantiu que isso não afetará a entrega. Pelo atual cronograma, a ponte deveria estar entre 55% e 60% pronta para que pudesse ser aberta para o trânsito em janeiro do ano que vem. Mas, por enquanto, apenas 30% da obra está concluída. Para o presidente do Deinfra, Paulo Roberto Meller, é impossível a obra ser finalizada com o atual andamento.
– Já analisamos a situação e constatamos que é possível entregar a obra em dezembro para abertura do fluxo de veículos. Ficarão para janeiro apenas os detalhes de acabamento, com embelezamento, pintura e iluminação, que não vão interferir no vaivém da ponte. Não considero tudo isso um atraso, considero que a ponte sofreu algumas alterações de rota para que pudesse ficar em segurança durante a restauração – garante Almeida.
A segunda etapa da obra – que prevê a suspensão do vão central para reposição das barras de olhais, em andamento – é responsável pelo último dos atrasos do projeto, pois deveria ser concluída esta semana. Agora, se estenderá até julho. Porém, segundo Almeida, a terceira etapa – basicamente troca das rótulas – poderá iniciar antes do prazo.
(DC online, 25/02/2014)