07 fev Casan monitora fontes de água e pede que consumidores evitem desperdício
Com a falta de chuva e o calor intenso, a Casan está monitorando as principais fontes de captação de água em todo o Estado. Segundo a empresa, a maior parte dos mananciais estão com o nível normal, mas a recomendação é que o consumo da água seja controlado. “Estamos buscando um pacto com a população para que Santa Catarina não chegue à situação de outros estados que já estão enfrentando o desabastecimento”, disse o diretor de Operação e Meio Ambiente, Valter José Gallina.
Até o momento, nos 200 municípios atendidos pela empresa, o fornecimento é considerado regular. Mesmo assim a recomendação é de evitar o desperdício. O acompanhamento das fontes é realizado diariamente, com avaliações e reuniões entre técnicos. Gallina afirmou ainda que, caso haja necessidade, existe um plano emergencial que inclui o rodízio no fornecimento. A expectativa é que isso não seja necessário.
Acompanhe a situação em algumas regiões:
Grande Florianópolis
Principal fonte de captação para a região metropolitana, com abastecimento de cerca de 700 mil habitantes, o Rio Pilões, na Serra do Tabuleiro, em Santo Amaro da Imperatriz, está com lâmina de água que ainda atende a produção regular, mas sob constante monitoramento.
No Norte da Ilha, a lagoa de captação da Praia da Daniela é o local mais crítico, com nível em cerca de 40% abaixo do normal. Outros 10 poços de captação também dão suporte. A principal fonte de abastecimento na região é o aquifero costeiro dos Ingleses, com situação considerada ainda satisfatória. A reposição dos mananciais subterrâneos também é feito de forma natural, pela água da chuva.
No Sul da Ilha, ainda que o nível da lâmina de água e a captação na Lagoa do Peri se mantenham dentro da normalidade, a situação é monitorada. O manancial abastece bairros do Sul e Leste da Ilha.
A região de Biguaçu enfrenta desabastecimento em diversas regiões e a população tem sido atendida com caminhões-pipa.
Litoral Norte
Situação da captação no rio Perequê, que abastece Porto Belo e Bombinhas, é crítica.Há problemas de abastecimento em alguns bairros, com monitoramento constante da Casan.
Município de Araquari tem problemas de abastecimento desde o final do ano passado. O caso é tratado como prioridade pela Casan. Até a próxima semana deverá ser apresentado um cronograma de obras emergenciais para resolver os problemas de abastecimento de água que estão ocorrendo, de forma mais intensa no bairro Itinga, incluindo a construção de um reservatório, uma nova estação de tratamento de água e abertura de poços artesianos
Barra Velha está com nível baixo de seu manancial, o Rio Itinga, e já utiliza água da lagoa de reserva localizada ao lado da Estação de Tratamento de Água. Não há bairros com desabastecimento, mas um comunicado está sendo divulgado na região para que a população esteja ciente do problema e colabore, evitando desperdícios.
Oeste
Pinhalzinho: situação é uma das mais críticas. Rio Limeira está com fornecimento 40% abaixo do normal. O sistema de tratamento e abastecimento funciona sem interrupção porque caminhões-pipa coletam água bruta no reservatório da Cooperativa Aurora e levam para a Estação de Tratamento de Água (ETA).
Caçador: devido ao elevado consumo, altas temperaturas e nível reduzido do Rio do Peixe, o sistema de abastecimento de água no Município de Caçador está comprometido em todos os bairros e a Casam procura atuar em esquema emergencial de prioridades.
Chapecó: devido ao nível reduzido de água do Lajeado São José, e reforma em um dos módulos da Estação de Tratamento de Água, o sistema de abastecimento de água está comprometido em todas as regiões, mas não há desabastecimento.
(Por Notícias do Dia , 06/02/2014)