Plano diretor e a UFSC

Plano diretor e a UFSC

( Coluna Sergio da Costa Ramos, DC, 29/01/2013)

Houve pelo menos uma tentativa de alteração do zoneamento do espaço verde onde se hospeda o casarão da antiga Reitoria da UFSC e atual sede da 16ª Brigada Motorizada, hoje propriedade do Exército.

Na votação do Plano Diretor, alguns vereadores pretendiam alterar o zoneamento, de ACI (Área Comunitária Institucional) para área comercial mista, o que permitiria a edificação de grandes prédios na velha chácara da Molenda.

Houve época, no início dos anos 2000, em que o Comando do Exército admitia permutar o imóvel e seu belo jardim – perfeito para se tornar um miniparque para usufruto do público, a casa aproveitada como biblioteca ou teatro de bolso – por imóvel de metragem semelhante no continente.

O poder público (prefeitura) não se mexeu e a oportunidade passou. Durante quase meio século o Exército foi o garantidor de que a região não se transformaria num “paliteiro” edificado. Seria agora o agente da degradação daquele oásis citadino?


Fogo e fumaça

O mapa do Plano Diretor mantém a área doada pela UFSC ao Exército em 1976, em plena ditadura, como Área Comunitária Institucional, cuja utilização urbana depende de lei específica e parecer do Ipuf. O seu perímetro, traçado na cor rosa, indica estar situado em Área de Proteção Cultural.

Um novo zoneamento – que permita construções comerciais – estaria sendo articulado pelo Exército, tanto para a área em questão como para o seu terreno fronteiro ao Beiramar Shopping.

Onde há fumaça…