27 jan Invasões: omissão ou covardia
(Coluna Moacir Pereira, DC, 25/01/2014)
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, quer saber por que a invasão dos sem tetos e indígenas em terreno urbano na Capital provocou indignação de setores da sociedade, enquanto as invasões de indígenas e sem terras às propriedades produtivas na zona rural catarinense permanecem ignoradas.
A indagação, em forma de espanto e crítica, é procedente. A Procuradoria-Geral do Estado, por exemplo, tem documentos comprovando que agricultores que produzem alimentos, com escrituras no final do século XIX, sofrem ameaças de desapropriação por autoridades federais defensores de índios importados. E suas famílias vivem intranquilas, atemorizadas, por ONGs e líderes que desprezam estes heróis do campo para proteger grupos de minorias improdutivas. Tudo, apenas por motivação ideológica.
– As invasões no campo geram uma agonia sem fim para milhares de famílias rurais, cujas propriedades foram esbulhadas ou ameaçadas de invasão por grupos que se denominam indígenas – lamenta Pedroso.
A importância econômica e social do produtor rural tem sido reconhecida mundialmente. O presidente da Faesc fundamenta: “Foi o homem do campo que salvou a economia brasileira no ano passado, garantindo R$ 100 bilhões em exportações. Quando sofre a injustiça das invasões a família rural fica falando sozinha”.
Denuncia que a Funai e a ONG Arpinsul estão propondo a criação de mais uma reserva indígena em Chapecó com 28 mil hectares de área, o que equivaleria a 37% do território do município. Para quê?
Em Florianópolis, como no Oeste, o que está havendo é omissão ou covardia.
Suspensão
A direção da Celesc decidiu suspender o pregão eletrônico para contratação de seguradora visando preservar os gestores da estatal. O pregão foi denunciado como ilegal pelo Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina, que ameaçou entrar com ação judicial para anular a contratação.
O deputado federal Edinho Bez (PMDB) levou uma hora e 15 minutos entre Laguna e Florianópolis, e duas horas para entrar na Ilha. Ficou travado na Via Expressa. O jornalista Roberto Alves enfrentou o mesmo dilema, vítima da total imobilidade no Estreito. Solução emergencial ninguém tem!
Invasão
Único deputado a se manifestar contra a invasão de propriedade particular às margens da SC-401, Renato Hinnig (PMDB) apelou ao prefeito Cesar Souza Junior (PSD) para que tome uma posição firme contra aquela ilegalidade.
– Não podemos permitir invasões deste tipo, afrontando o direito de propriedade e a população que paga impostos.
E a Justiça?
Do advogado e ex-vereador Rogério Duarte Queiroz, sobre a invasão na SC-401:
– O despacho da juiz mandando o caso dos invasores na SC-401 para a Justiça Agrária é de estarrecer. Aliás, onde está a nossa justiça? Olha a rapidez da Justiça americana que ontem mesmo mandou prender o cantor Justin Bieber por fazer racha em Miami. Agora não temos mais garantia de sermos proprietários de imóvel. E o pior é que marcaram uma audiência para… Fevereiro.
Água, outra vez
A Casan recebeu nota notificação de advertência da Agência de Saneamento de Santa Catarina. Motivo: falta d’água no município de Araquari entre 13 e 23 de janeiro. A agência quer saber também porque a estatal não cumpriu o prazo de conclusão da ligação do sistema de água com Balneário Barra do Sul, previsto para 180 dias.