06 jan Decálogo para melhorar o turismo
Por Moacir Pereira DC, 06/01/2014)
Encontros, seminários e congressos de turismo é o que não faltam em Santa Catarina. E todos eles com apoio financeiro do governo do Estado e de instituições públicas. Na prática, contudo, os resultados têm sido frustrantes. Ideias simples para melhorar o setor:
1. O turismo só funciona bem quando é bom para a população local. Ela precisa ser a maior beneficiária;
2. Hotéis e pousadas só funcionam com licença municipal. Com casas e apartamentos para alugar deveria ser idêntico. Com licenças, acaba-se com os abusos. E evita-se esta vergonha do cara de bermuda com chave na mão oferecendo locação;
3. A entrada de ônibus de turismo precisa ser regulamentada, como ocorre em Balneário Camboriú. Motorhomes e semelhantes, só em espaços específicos. Evitaria a bagunça;
4. Proibição total de botecos improvisados, que nem pagam impostos, vendendo alimentos sem controle sanitário;
5. Avaliação do consumo de água e luz para programar expansão dos sistemas na temporada seguinte;
6. Multas exemplares aos comerciantes inescrupulosos que oxigenam a inflação com aumentos abusivos de preços;
7. Punição aos motoristas irresponsáveis que cometem graves infrações no acesso as praias. Nada de radar só para arrecadar;
8. Proibir, terminantemente, estacionamento duplo nas vias centrais dos balneários, facilitando o trânsito de veículos;
9. Punição a todos os que abusarem da lei do silêncio, com detenção dos reincidentes;
10. Demissão sumária dos administradores incompetentes.
Falta água, luz e…competência
Por Moacir Pereira DC, 05/01/2014)
As principais cidades balneárias do litoral catarinense precisam decidir: ou se preparam para as festas de fim de ano ou que deixem de fazer promoções para atrair mais turistas. Impossível é continuar esta sucessão de falhas, equívocos e alguma incompetência na prestação de serviços públicos essenciais.
Todo ano é a mesma ladainha da falta de água, da falta de luz, dos serviços que não funcionam, dos assaltos de comerciantes inescrupulosos e da total falta de mobilidade, como ocorre em Florianópolis.
No século passado, o vereador Wilson Rosalino da Rosa, do PCB, apresentou um polêmico projeto de lei. Previa a cobrança de uma taxa de turismo, destinando a receita para investimentos no setor. Foi crucificado. E não se falou mais na proposta.
Em Nova Iorque – sabem os milhares de catarinenses que lá estiveram – os hotéis cobram as diárias mais caras dos Estados Unidos. E adicionam quatro taxas de hospedagem.
Florianópolis é uma ilha com limitações físicas, geográficas e ambientais, tornando crítica a mobilidade urbana. As praias do norte tiveram um crescimento desordenado. Ingleses já é crítica durante o ano. Chega o verão vira o mais completo caos. E sabem o que o poder público fez para melhorar a mobilidade? Nada! As ruas e avenidas são exatamente as mesmas. Pior: uma rodovia é estadual; a estrada é municipal. E Estado e prefeitura não se entendem.
“O melhor destino turístico do Brasil” está doente. Milhares de turistas para cá vieram. Ficaram horas parados no trânsito, não tiveram água nas torneiras, ficaram sem energia, o sinal do celular desapareceu e foram explorados no comércio.
E ninguém é responsabilizado por nada.
Desde o final do ano, com o início da temporada, as filas e a lentidão são frequentes na SC-401, caminho para as praias do Norte da llha