Um Mercado Público com a cara da cidade

Um Mercado Público com a cara da cidade

Artigo de Gustavo Miroski, Secretário da Administração de Florianópolis (DC, 05/12/2013)

A prefeitura de Florianópolis nos próximos meses realizará um grande restauro no Mercado Público de modo a adequá-lo ao novo mix de produtos e estabelecimentos lanchonetes, armazéns, restaurantes, bares, empórios diversificados, padaria, cafeterias, artigos de festa, livraria, floricultura, sorveteria, artesanatos, chapelaria, chaveiro, sapateiro, costureira, barbearia, farmácia popular, sucos, agropecuária, tecidos, confecções, alimentos regionais, hortifrútis, açougue, peixarias etc. A primeira estrutura, chamada hoje de ala norte, data de 1899, e a ala sul, com as pontes de ligação e vão central, remonta a 1928. Vendiam-se produtos variados: peixes, carne de sol, feijão, arroz, mandioca, hortaliças etc. Foi palco de inúmeras manifestações populares e culturais, criando ao longo da história sua identidade com a população.

Em pesquisa feita pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) neste ano, constatou-se que 78% dos entrevistados querem um Mercado Público melhor, 92% sentem falta da variedade de produtos, com destaque para o artesanato, e 82% entendem como principal motivo de ida ao local, a compra de peixes e frutos do mar. Somente 5% desejam que fique como está. Ou seja, o florianopolitano não vislumbra mais no Mercado um espaço representativo de sua cultura, tornou-se apenas um lugar de passagem para compra de pescado ou um breve encontro ao final do trabalho. Reformas e mudanças exitosas em mercados como o de Porto Alegre, São Paulo e Salvador recuperaram a convivência nos espaços. E assim acontecerá em Florianópolis. O novo mix, com 116 boxes, será atrativo às famílias e enaltecerá e preservará a cultura local. Revitalizaremos o Mercado resgatando suas características. Será um espaço em que a população se identificará.