05 nov Prefeito da Capital na linha de fogo
Por Moacir Pereira (DC, 05/11/2013)
Há pouco mais de um ano, Cesar Souza Junior (PSD) conquistava o direito de administrar Florianópolis, criando expectativa em uma nova gestão, mais moderna e mais identificada com as aspirações do eleitorado. Há 10 meses no comando da cidade sua principal realização está na área política: restabeleceu a autoridade plena do prefeito. Não permitiu que a baderna do transporte coletivo prevalecesse sobre o interesse da maioria. Falou grosso, com se esperava, quando a população viveu um novo período de atentados. Cumpriu promessas de campanha, como a licitação do transporte coletivo e o envio do Plano Diretor à Câmara.
Os fatos novos deste novembro estão a indicar que esgotou-se o prazo de carência concedido pelo eleitorado. Acabou a lua de mel.
As associações de arquitetos e urbanistas estão divulgando nota pública pedindo mais prazo e mais discussões sobre o conteúdo do novo Plano Diretor. Portanto, contestam o cronograma da prefeitura de aprová-lo até o dia 22 de dezembro. Querem mais discussões e, sobretudo, cobram do prefeito o compromisso político de dotar o Ipuf de uma sólida equipe técnica.
Plano Diretor que também sofre restrições dos empresários da construção civil. Chegam a argumentar que o projeto “trava a economia da Capital”.
A nova administração anuncia reajuste do IPTU, o que vai onerar milhares de contribuintes, embora beneficie a baixa renda. Os servidores públicos entram em greve. Pedem um novo Plano de Cargos, que, segundo o prefeito, elevará a folha de 53% para 70% .
Atacou vários flancos ao mesmo tempo. Entrou em linha de fogo.