08 nov “A população cresce, tem renda maior e compra carro”
Em três décadas o número de veículos que circulam pela Grande Florianópolis será o mesmo que o total de habitantes. As projeções foram apresentadas ontem pelo Sindicato Nacional da Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) no seminário De olho no futuro: Como estará Florianópolis daqui a 25 anos?. O consultor Jorge Hori propõe que a cidade se estruture.
Diário Catarinense – Quais os principais problemas detectados?
Jorge Hori – Mobilidade. O caso de Florianópolis é particular. Em função do tamanho da cidade e o número de turistas, ganha um acréscimo de carros muito grande, principalmente durante três meses.
DC – Além da mobilidade, há outros problemas?
Hori – Saneamento e habitação. De um lado há uma defesa da cidade compacta, para que se tenha numa área residência, escritório, comércio, tudo junto, com o grande adensamento que implica a verticalização. Essa é a solução para reduzir a necessidade da mobilidade. As pessoas podem morar perto do trabalho, andar a pé ou até de bicicleta.
DC – O que você sugere para resolver alguns desses problemas?
Hori – A principal seria onde ficarão esses polos adensados? São Paulo e Rio, e outras cidades maiores, estão baseados em estação de metrô. Aqui seria a implantação de um corredor de ônibus, os BRTs (sistema de trânsito rápido de ônibus). E junto aos BRTs, promover alguns polos onde se faça esse adensamento. Agora, onde seria, eu como sou de fora, não consigo visualizar.
DC – Em 2040, a relação carro por habitante deve se aproximar. Hori – Florianópolis deve chegar antes que os outros Estados. É uma cidade de classe média. A população cresce, tem renda maior e compra carro.
(DC, 08/11/2013)