07 out Turismo se une para defender beach clubs
A preocupação sobre o possível fechamento dos beach clubs de Jurerê Internacional foi além dos proprietários das casas e mobilizou também 21 entidades que formam o trade turístico de Florianópolis. Para os empresários, o impacto da demolição dos locais, caso a ação movida pelo procurador da República Walmor Alves Moreira seja acatada pela Justiça, terá reflexos em toda a cidade, que tem no turismo a segunda maior fonte de renda.
Na semana passada, o Conselho Nacional do Ministério Público emitiu liminar suspendendo as recomendações e notificações expedidas pelo procurador. Até a manifestação de Walmor Alves Moreira no Conselho, a atenção de empresários e da Habitasul, proprietária das casas em Jurerê, está voltada à ação judicial movida desde 2008 por duas associações de moradores de Jurerê (Ajin) e da Praia do Forte (Amofort). Os moradores pedem mais silêncio nas áreas dos beach clubs, além da demolição deles por estarem em área que seria de marinha.
Reunião irá discutir relevância econômica
Uma reunião neste domingo entre os empresários do turismo e a diretoria da Habitasul deve apontar caminhos para a audiência de conciliação que a empresa terá na próxima terça-feira com duas associações. A intenção do grupo é apresentar pontos de acordo sobre a importância social e econômica das casas noturnas para a cidade.
– O Réveillon é atualmente nosso evento de maior movimento. Se há casas com festas, há muitos seguranças trabalhando, o que movimenta toda a economia da cidade. É preciso avaliar os impactos de cada decisão – argumenta o integrante do conselho superior da Associação Comercial Industrial de Florianópolis Doreni Caramori Junior.
O receio do grupo, compartilhado pelo presidente do Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau, Neto Eventos, é de que os turistas de fim de ano migrem de Florianópolis para outros destinos de sol e praia, como Punta Del Leste. Nos três primeiros meses de 2012, Florianópolis recebeu 1,5 milhão de turistas, que movimentaram R$ 1,2 milhão na cidade.
– O que nos assusta é um produto desse valor ser destruído por nada. Vamos deixar o Judiciário decidir, mas não podemos difamar o produto – defende o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmitt.
(DC, 07/10/2013)