22 out Novos rumos para o lixo eletrônico
Telefones celulares que há tempo não completam ligações e peças de computador obsoletas terão destino correto a partir da próxima segunda-feira, em Florianópolis. Nos seis terminais urbanos e no Parque de Coqueiros, 20 contêineres funcionarão como postos de coleta exclusivos de lixo eletrônico.
O programa Recicl@í reforça a Semana do Lixo Zero, que segue até domingo no município, e será permanente. A proposta é ensinar a população a destinar os dejetos eletrônicos e facilitar o acesso aos pontos de coleta.
Todo material recolhido será destinado ao Centro de Reciclagem Tecnológica (Certec) em Palhoça. O local hoje é a referência no Estado em processamento de lixo eletrônico e recebe, a cada mês, 24 toneladas de materiais somente da Grande Florianópolis.
Mas a maioria dos 27 pontos de coleta está instalada dentro de centros comerciais, supermercados e associações. Embora não tenha projeções, o secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável de Florianópolis, Jefferson Fonseca, estima que nos locais de maior circulação o recolhimento dos materiais se amplifique.
– Os eletrônicos têm vida útil de dois a cinco anos. É um tipo de material que as pessoas guardam em casa e não sabem como descartar. Ou descartam no lugar errado – avalia o secretário Fonseca.
Além da secretaria, o programa é promovido pelo Comitê para Democratização da Informática (CDI), responsável pelo Certec, e pela Câmara de Vereadores. Segundo a gerente da Ouvidoria da secretaria, Mercê Souza, na primeira fase não serão aceitos eletrodomésticos, eletroeletrônicos nem pilhas.
Panfletos, cartazes e ações nas escolas também reforçarão a campanha educativa. Os 20 pontos de coleta iniciais serão testados para que seja feita ampliação dos espaços no futuro.
(DC, 22/10/2013)
Caminhão passará uma vez por semana
Uma vez por semana, caminhões da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) passarão para recolher o material e entregá-lo ao Centro de Reciclagem Tecnológica (Certec), que fica em Palhoça. No centro de triagem, cerca de 10% dos materiais são recuperados e transformados em novos equipamentos, aplicados em trabalhos de inclusão digital. O restante é desmontado.
Os fragmentos – cobre, alumínio, ferro, plástico, ouro – são vendidos para empresas que receberam certificação dos órgãos ambientais. Placas e circuitos eletrônicos contêm metais tóxicos como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, prejudiciais ao meio ambiente e também à saúde.
– Sujeito a chuvas e trovoadas, as toxinas dos materiais infiltram no solo, atingem o lençol freático e podem contaminar mananciais – explica o presidente do CDI em Santa Catarina, Heitor Blum.
O lançamento do Recicl@í ocorreu ontem na Câmara de Vereadores de Florianópolis, onde estão disponíveis dois coletores. Conforme o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, vereador Edinho Lemos, tramita projeto de lei que regulamentará o serviço e o tornará contínuo.
(DC, 22/10/2013)