02 out Ministério da Pesca cria grupo técnico para gestão do uso da tainha
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) criou um Grupo Técnico de Trabalho da Tainha para fazer uma proposta de gestão do uso do peixe. O objetivo é que o potêncial economico da tainha seja realizado de forma racional e sustentável.
A tainha (Mugil liza) é um dos recursos pesqueiros mais importantes do litoral dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
A proposta considera aspectos biológicos, ecológicos, tecnológicos e socioeconômicos da atividade de captura da tainha, recorda a engenheira de pesca Elielma Borcem, da Coordenação de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Costeira do MPA.
Foram consideradas nas discussões do Grupo, por exemplo, questões relacionadas ao estado de exploração da espécie, o impacto da atividade pesqueira e as áreas de atuação da frota industrial e da pesca artesanal, bem como sua dinâmica e características.
A versão final da proposta do Plano de Gestão irá trazer parâmetros e pontos referenciais que possibilitem o planejamento e o ordenamento da pesca da tainha.
A pescaria – Atualmente a pesca da tainha concentra-se no período de safra da espécie, por 75 dias (entre 15de maio e 30 de julho), ao longo da costa das regiões Sul e Sudeste.
A maioria dos pescadores artesanais captura a espécie através do “arrasto de praia”. Tradicionalmente, localidades costeiras de Santa Catarina promovem “festas da tainha”. Já as embarcações industriais utilizam o método de cerco “traineira” para a captura, sendo atualmente autorizadas apenas 60 embarcações para tal atividade (INI IBAMA Nº171/2008). Neste caso a pescaria ocorre em alto mar, a pelo menos três milhas da Costa, dependendo do Estado.
A produção de tainha é voltada para o mercado interno. Entretanto, o mais valioso na tainha não é a sua saborosa carne, mas as suas ovas, que são exportadas para países como Taiwan, França, Grécia, Itália e Espanha.
(ABC Digital, 01/10/2013)