01 out Câmara de vereadores vai debater a questão dos beach clubs de Jurerê Internacional
A Câmara Municipal de Florianópolis, no âmbito da Comissão de Turismo e Assuntos Internacionais, realizou na sexta-feira, 27 de setembro, Reunião Ampliada para debater a questão dos beach clubs de Jurerê Internacional, já que na justiça tramita processo pedindo a demolição dos estabelecimentos.
Representantes de entidades turísticas, empresários, funcionários dos clubes, Associação de Moradores do bairro e vereadores participaram do encontro. O processo que sugere a demolição dos espaços foi aberto pela Associação de Moradores de Jurerê Internacional (AJIN) que alega que a realização de eventos nos beach clubs aumenta a violência, a insegurança e causa transtornos devido ao som alto que geralmente se estende durante as madrugadas.
Segundo o presidente da AJIN, João Lohn, a entidade não pretende prejudicar o turismo, nem os bares e restaurantes da região, mas busca o cumprimento da lei. “Eu não quero nos fundos da minha casa nenhum estabelecimento fazendo barulho até às seis da manhã, sendo que o alvará não permite música no local. O interesse privado não pode estar acima do interesse público. O que nos preocupa é que a lei tem que ser seguida”, ressaltou Lohn.
Para o presidente da Convention Bureau, Eugênio Neto, representante do trade turístico da cidade, a ameaça de demolição compromete o setor que levou mais de 30 anos para se consolidar em Florianópolis. “Foi um longo caminho para chegar onde estamos. Este ano fomos eleitos pela sétima vez o melhor estado para fazer turismo no Brasil. Por isso, é preciso ter equilíbrio na tomada de decisões.”
Empresários e funcionários que trabalham nos beach clubs também estiveram presentes, preocupados com o desenrolar do caso. De acordo com Leandro Adegas, proprietário de beach club, a polêmica já gerou prejuízos.
“Tivemos vários eventos cancelados, pessoas perguntando se vai ou não acontecer o reveillón que atrai todos os anos milhares de visitantes para a cidade. Além disso, os funcionários nos questionam para saber se terão emprego na próxima temporada. Corro o risco de perder meus melhores colaboradores e também clientes”, destacou.
O diretor da Habitasul, responsável pelo loteamento Jurerê Internacional, apresentou documentos comprovando a legalidade dos empreendimentos e negando a acusação de que os clubes estão em área de preservação permanente.
Ficou definido que vai ser realizada uma Audiência Pública no dia 17 de outubro, a partir das 14 horas, para discutir novamente a questão dos beach clubs. Desta vez, o encontro vai contar com a presença do procurador Valmor Alves, que ao conceder entrevista a uma emissora de televisão afirmou que os estabelecimentos não vão permanecer no local, gerando toda a discussão atual. Também devem participar as entidades que integram o trade turístico da cidade e demais envolvidos.
Segundo o vereador Edmilson Pererira (PSB), presidente da Comissão de Turismo e requerente da reunião, o objetivo da Audiência é fazer um acordo para a próxima temporada, já que ficou evidente que os problemas dos anos anteriores só existiram porque o poder público não fiscalizou os estabelecimentos, o que acabou trazendo transtornos para os moradores da região. “Nós vamos conversar para juntos buscarmos uma temporada saudável, que seja boa para os comerciantes, sem desrespeitar os direitos de quem mora no bairro”, concluiu.
(Portal da Ilha, 30/09/2013)
Solução para áreas de marinha
Por Moacir Pereira (DC, 01/10/2013)
O deputado estadual Edison Andrino (PMDB) e o federal Esperidião Amin (PP) iniciam hoje na Câmara uma nova ação política para alteração da legislação que trata dos terrenos de marinha. Há 17 projetos tramitando no Congresso. Os dois parlamentares querem garantir isenção dos moradores da Ilha de SC sobre taxas de marinha não cobradas pela Superintendência do Patrimônio da União nos últimos sete anos.