UFSC discute acessibilidade com estudantes

UFSC discute acessibilidade com estudantes

Criada em agosto, a Coordenadoria de Acessibilidade Estudantil (CAE) da Pró-Reitoria de Graduação da UFSC tem trabalhado com os estudantes e professores no planejamento de estratégias pedagógicas.
A equipe de pedagogas, fonoaudióloga e psicóloga ainda oferece assessoria aos cursos de graduação e de pós-graduação da universidade.
– O trabalho da coordenadoria tem foco na eliminação das barreiras do contexto, que podem ser as referências visuais para um estudante com deficiência visual, por exemplo. Trabalhamos para criar condições igualitárias de acesso ao conhecimento. O aluno pode ter condições diferentes, mas a ideia é que tenha as mesmas oportunidades dos outros alunos – esclarece a coordenadora Patrícia Muccini Schappo.
Sete bolsistas auxiliam os alunos com deficiência na organização dos estudos. Cinco deles participam de estágio não obrigatório e dois integram o projeto Núcleo de Acessibilidade da UFSC, contemplado pelo edital do Programa de Bolsas de Extensão (Probolsas) da Pró-Reitoria de Extensão desde 2011. Os bolsistas são acompanhados e supervisionados pela CAE.
Patrícia Schappo explica que são avaliadas as particularidades de cada caso, como o tipo de deficiência e as demandas dos cursos. Mapeamento de estudantes com deficiência apurou que 111 alunos de graduação e 10 de pós-graduação dos campi de Araranguá, Curitibanos, Joinville e Florianópolis se enquadram nesse perfil. Deficiência visual, deficiência auditiva, surdez, surdocegueira, transtorno do espectro autista, nanismo, deficiência física, mobilidade reduzida e deficiência intelectual foram características identificadas entre os alunos.
Esclarecer para a comunidade da UFSC o que é acessibilidade é uma das principais dificuldades enfrentadas pela equipe. O desafio é mexer na estrutura, pois a maioria dos setores não possui espaço físico adequado para pessoas com deficiência.
– Propor mudanças nem sempre é fácil, ainda mais se o conceito de acessibilidade não está claro. Muitos veem deficiência como incapacidade; nós vemos como uma condição humana. Ainda se confunde acessibilidade com assistencialismo, com concessão de privilégios. Precisamos esclarecer que acessibilidade é criar condições de acesso e eliminar barreiras _ diz.
A UFSC apresenta carência de intérpretes de nível superior da língua brasileira de sinais (Libras). A instituição conta com sete profissionais. A Administração Central busca soluções junto ao MEC para a contratação de intérpretes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 3721-4648 ou pelo e-mail.
(DC, 26/09/2013)