30 set Marginais da SC-403, em Florianópolis, ficarão prontas antes da duplicação
Os estudantes da Escola Municipal Luiz Cândido da Luz, no bairro Vargem do Bom Jesus, ao Norte da Ilha, em Florianópolis, estão na primeira região que verá os resultados da duplicação SC-403, segundo previsão da Secretaria de Estado da Infraestrutura.
A definição de prioridades do cronograma de obras começou em julho deste ano, com base nas ocorrências de acidente de trânsito e critérios de engenharia. A tentativa é fixar um calendário em que a execução não piore o trânsito da rodovia nesta temporada de verão.
As vias marginais, em construção nas laterais da rodovia, devem estar prontas até meados de dezembro. A estratégia é construí-las antes da chegada dos turistas para finalizar toda a extensão da duplicação — 5,2 quilômetros — sem causar grandes congestionamentos.
A passagem subterrânea de pedestres e ciclistas e a lombada eletrônica do Km 2,62 para atendimento à Escola Municipal Luiz Cândido da Luz também será privilegiada e entregue no mesmo prazo para evitar atropelamentos, como já ocorreu no verão.
— É um planejamento arrojado, mas concluímos que é importante dar um gás até dezembro. Com as marginais prontas junto à escola podemos evitar a maior parte dos problemas e iniciar a duplicação de fato — explica o engenheiro Cléo Quaresma, superintendente regional do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra).
Área escolar e Morro dos Ingleses concluídos neste ano
Ainda em 2013 a região da escola e do Morro dos Ingleses será duplicada. Serão iniciados os três cruzamentos, na Vargem Grande (Km 0,8, na altura do terminal de ônibus), Vargem do Bom Jesus (Km 3,6) e o viaduto da Cachoeira para os Ingleses (Km 4,6). Depois das marginais, a pista da SC-403 será duplicada e a sinalização instalada, até julho de 2014.
ENTREVISTA
Valdir Cobalchini, secretário de Infraestrutura de Santa Catarina
“Não vamos interferir tanto no traçado”
Antes de concluir a duplicação, a Secretaria da Infraestrutura tem pela frente as desapropriações, que envolvem R$ 2 milhões, e o término das marginais para dar fluxo ao trânsito no acesso às praias.
Diário Catarinense – Com parte da SC-401 sem ciclovia, como fica a ligação da ciclovia da SC-403 com o resto da cidade?
Valdir Cobalchini – Na verdade, parte da SC-401 tem uma ciclovia, e quando a rodovia foi planejada isso foi pensado. O que acontece é que muitas vezes temos limitações, seja de espaço, verba, projetos ou capacidade estrutural. Mas eu acredito que a ciclovia da SC-403 não será prejudicada.
DC – Existe capacidade para a obra ser concluída em 12 meses, em vez de 15?
Cobalchini – Sim. Vou negociar com a empresa licitada. Prefiro não dizer com certeza porque ainda não fechamos isso. Nosso prazo em contrato é de 15 meses, contando a partir de julho. Teríamos que fazer um esforço financeiro para que a empresa investisse mais na equipe acelerando a obra. Não iríamos ultrapassar o valor previsto, mas adiantar mais dinheiro para um intervalo mais curto. Por enquanto, estamos na base da discussão.
DC – Ainda haverá alguma desapropriação?
Cobalchini – Há pouca desapropriação, com um custo de R$ 2 milhões. Parece um valor alto, mas, por exemplo, a estrada em direção ao aeroporto no Sul da Ilha vai ter um custo de desapropriação de cerca de R$ 100 milhões. Na SC-403, conseguimos fazer um traçado em que a obra não precisa interferir tanto nas casas e comércio, e que será muito positivo quando estiver tudo pronto.
DC – A comunidade foi ouvida para a realização do projeto?
Cobalchini – Fizemos três ou quatro reuniões com a comunidade e escutamos o que todos tinham a dizer. Existem coisas que são possíveis e outras impossíveis. Fizemos todas as possíveis.
(DC, 29/09/2013)