Nova Zona Azul de Florianópolis deverá estar implantada até agosto

Nova Zona Azul de Florianópolis deverá estar implantada até agosto

Um novo sistema de estacionamento rotativo deverá estar implantado na Capital até agosto. A Zona Azul será reformulada para funcionar de forma mais eficiente e para trazer economia ao bolso dos motoristas. O edital de licitação está em fase de finalização e deve ser publicado no começo de julho. O único empecilho para sair do papel era a aprovação na Câmara de Vereadores, o que aconteceu na segunda-feira. As ideias principais do novo sistema são modernização e cobrança mais justa do tempo em que o carro fica estacionado na vaga.
“Haverá uso de parquímetro e estamos estudando o fim dos cartões em papel. Será um sistema misto, um parquímetro a cada quatro vagas, e número menor de monitores. Além disso, o motorista vai pagar apenas pelo tempo que ficar estacionado”, explicou o secretário municipal de Administração, Gustavo Miroski. Assim, a cobrança por hora cheia termina e será possível pagar pelos minutos gastos.
A intenção é implantar um sistema moderno, pelo qual o motorista possa adquirir créditos e o tempo estacionado é descontado automaticamente. “Dessa forma, acreditamos que haverá maior rotatividade e conforto para o usuário”, disse o secretário.
De acordo com Miroski, um estudo está sendo feito para determinar o número de parquímetros e novas vagas do sistema. Há possibilidade de extinção da Zona Branca, que possibilita permanência de cinco horas, e as áreas de Zona Azul devem crescer para Trindade, Coqueiros, Estreito e para outros locais do Centro.
Miroski disse ainda que haverá uma reunião com o MPT (Ministério Público do Trabalho) para verificar como será resolvida a situação dos ex-funcionários da Aflov (Associação Florianopolitana de Voluntários), recontratados pela empresa Dom Parking. A recontratação e assinatura de contrato de emergência da Dom Parking no começo do ano, até o fim da licitação, foi feita como estipulou um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado no Ministério Público.
Contrato sem prorrogação
A nova empresa que administrará a Zona Azul de Florianópolis será contratada por dez anos. O secretário Gustavo Miroski é contrário à ideia de prorrogação do contrato. “Muitas vezes a empresa deixa pra fazer os investimentos nos últimos anos para prorrogar ou não faz”, comentou.
Segundo ele, o sistema de estacionamento rotativo hoje da Capital é deficitário e isso foi analisado durante o período em que a Dom Parking está desenvolvendo as atividades. As lacunas serão sanadas dentro do edital de licitação Atualmente, a Dom Parking para ao município R$ 18 por vaga, sendo que a cidade já tem mais de 3.500 espaços para estacionamento.
Miroski avalia se a melhor maneira é deixar o valor fixo, como é feito hoje, ou determinar o pagamento por receita bruta arrecadada. O secretário afirmou que a empresa está tendo dificuldades para pagar os funcionários, mas que o valor acertado não pode mudar. Além disso, os monitores da Zona Azul estão espalhando um boato de que a partir do mês que vem o valor da hora aumentará para R$ 2. “Em hipótese alguma haverá aumento. Isso não consta no contrato. Se eles aumentarem o valor, o contrato será rescindido na hora”, declarou.
A Dom Parking foi procurada pela reportagem do Notícias do Dia, mas o advogado da empresa afirmou que não vai se posicionar sobre a licitação ou qualquer outro assunto neste momento.
Empresa é investigada em Joinville
A Dom Parking, com o nome de Cartão Joinville, administrava também a Zona Azul de Joinville, no Norte do Estado. O rompimento de contrato com a empresa na cidade foi motivado por uma alegada dívida de R$ 1,097 milhão, referente ao atraso nos repasses mensais pela exploração das vagas. A dívida, contestada pela empresa, está sendo cobrada na Justiça. Antes das disputas judiciais que resultaram na quebra de contrato, houve um período de negociação entre junho e novembro de 2011.
Sem acordo, desde então diversas ações na Justiça intensificaram o embate entre o município e a empresa, que obteve o direito de voltar a operar o sistema em duas vezes. A última decisão judicial, de setembro de 2012, afastou a empresa do serviço, mas ainda há ações tramitando no TJSC contrárias ao rompimento contratual. Desde a rescisão, o serviço está sendo administrado diretamente pelo Ittran (Instituto de Trânsito e Transporte), da prefeitura, que contratou emergencialmente conferentes para trabalhar nas ruas no lugar das antigas monitoras.
(ND, 12/06/2013)