28 jun Estudantes pedem fim da catraca em protesto de quinta (27/06) na capital de Santa Catarina
Munidos de megafones e tambores, os cerca de 1.200 manifestantes, conforme dados da Polícia Militar, foram novamente às ruas de Florianópolis na noite desta quinta-feira (27) pedir ‘tarifa zero’. O quarto protesto na capital catarinense foi marcado pelo ‘bonde dos catraqueiros’ durante a passeata e o ‘catracaço’ no final do ato, quando estudantes pularam as catracas do Terminal de Integração do Centro (Ticen), por volta das 21h. Os usuários que tentavam passar pagar passagem no terminal foram vaiados e os que pulavam as catracas recebiam palmas dos manifestantes.
“Mostramos à população a força do nosso movimento. Vamos continuar ocupando as ruas de Florianópolis até a tarifa baixar”, anunciou um deles ao megafone, após assembleia realizada próxima ao Ticen. Um novo protesto foi agendado para quinta-feira (4).
Motoristas e cobradores do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Floriantópolis (Sintraturb) se juntaram aos estudantes no protesto desta quinta (27). Mais cedo, o Sintraturb realizou uma assembleia e a categoria decidiu apoiar a manifestação.
O motorista de ônibus Moacir Fernandes, de 33 anos, fez questão de participar do protesto. Ele levou a esposa e o filho de 3 anos. “A causa é justa e de toda a sociedade”, disse.
Percurso mantido em sigilo
A aglomeração começou por volta das 16h na frente do Ticen. Integrantes do Movimento Passe Livre e pela Frente de Luta pelo Transporte Público optaram por manter o percurso em sigilo e não informaram o destino do quarto protesto realizado na capital.
Cerca de 150 policiais militares acompanharam o protesto, orientando o trânsito e realizando o videomonitoramento com o objetivo de “dar mais segurança aos manifestantes”, como informou um policial. O helicóptero da corporação sobrevoou parte do percurso.
Vaias ao Poder Público
Os manifestantes saíram do Ticen por volta das 18h20, seguiram as ruas Jerônimo Coelho e Felipe Schimidt em direção à Praça XV de Novembro. Deram vaias ao passarem pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Nas avenidas Mauro Ramos e Beira-Mar Norte, eles receberam o apoio de pessoas que estavam nas sacadas dos prédios. “Quem apoia, pisca a luz”, gritavam.
Na Avenida Gama D’eça, os estudantes decidiram passar em silêncio na frente do Hospital Celso Ramos, em respeito às pessoas que estavam internadas. Na frente da prefeitura, houve mais vaias. Eles colaram um pano preto na porta no prédio do executivo municipal, em sinal de luto pelo preço da tarifa. Depois retornaram ao Ticen. A passeata durou cerca de três horas.
(G1, 28/06/2013)