Veleiro de alumínio em construção no Sapiens Parque será utilizado em pesquisas oceanográficas da UFSC

Veleiro de alumínio em construção no Sapiens Parque será utilizado em pesquisas oceanográficas da UFSC

Criado para ser um parque de inovação que promova setores de Florianópolis, como a vocação tecnológica, o Sapiens Parque abriga o projeto de fabricação de um veleiro de alumínio de 60 pés para pesquisas oceanográficas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com sua concepção iniciada em 2010, hoje a construção está em andamento, na fase de soldagem do casco, nas instalações do Instituto do Petróleo, Gás e Energia (INPETRO). Quando pronta, em março de 2014, a embarcação será utilizada em expedições científicas e tecnológicas, lideradas por professores da universidade.

Inovador, o projeto desenvolvido em solo catarinense contará com um sistema de propulsão híbrida, que reduz o consumo de combustível e a emissão de poluentes. Segundo o professor Jair Carlos Dutra, um dos coordenadores da iniciativa, a inovação proporcionará maior economia de uso e incremento da autonomia do veleiro. “Neste projeto, prezamos por tecnologias mais eficientes e com menor impacto ambiental, por isso optamos pela utilização da solução de motorização híbrida (diesel/elétrica). Além de permitir uma navegação sem ruído, sua eficiência é aumentada em até duas vezes”, destaca.

O projeto é financiado quase que totalmente pela FINEP (Agência Brasileira da Inovação), por meio de convênio no valor de R$ 1,8 milhão, recurso utilizado para compra de equipamentos e materiais e pagamento das bolsas para alunos de graduação e pós-graduação. O Veleiro de Expedição Científica Oceanográfica (ECO) terá capacidade de hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. “A embarcação possui características de segurança e navegabilidade que permitirão expedições científicas de grande desafio, incluindo as polares, particularmente a Antártica”, observa Dutra. Além disso, o professor acrescenta que sua concepção com quilha retrátil permitirá navegação em águas rasas, como mangues e estuários de rios, áreas ainda pouco exploradas por pesquisadores brasileiros e internacionais.

Caldeira pronta e no estágio da soldagem

(Governo do Estado, 06/05/2013)