13 maio Pontes da capital sob risco de colapso
Levantamento prévio do BNDES comprova o que os motoristas que circulam pela Ilha descobriram há algum tempo: é iminente o risco de colapso no transporte da região. O tráfego diário nas pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles ultrapassou em 38 mil veículos a trânsito registrado na ponte Rio-Niterói.
Estudos mais amplos sobre mobilidade urbana – o do BNDES pode custar entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões – devem ser concluídos somente em agosto de 2014 e podem mostrar que o problema é ainda maior. Também para meados do ano que vem está prevista a entrega da única solução real planejada pelo governo estadual, que é a abertura do tráfego da Ponte Hercílio Luz.
Cálculos do governo apontam que o uso da terceira ponte reduzirá em 20% o tráfego da Pedro Ivo e da Colombo Salles, o que significa uma média de 27 mil veículos/dia. As duas pontes que hoje dão acesso à Ilha foram projetadas para suportar 80 mil veículos por dia e sem filas.
– O recomendável é que esse estudo seja atualizado a cada 10 anos. Estamos com o nosso há 35. Ali, estava prevista a construção da Beira-Mar Norte e da Via Expressa. As alternativas de transporte estão saturadas porque essas estruturas já têm 20 anos ou mais – diz o engenheiro civil Guilherme Medeiros, coordenador do Departamento Técnico da SC Parcerias.
Novo plano diretor para a área está sendo criado
Os dados do BNDES, associados ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) aberto em 2012 pelo Estado, serão usados na criação do novo Plano Diretor de Transportes. Entre as primeiras alternativas levantadas estão o transporte marítimo ou por ferryboats, saindo do Norte e do Sul da Ilha. Outra opção é um teleférico ligando Continente, Centro e Lagoa da Conceição.
O secretário estadual do Planejamento, Murilo Flores, destacou a preferência por projetos que possam ser integrados ao sistema atual, com pagamento de uma só tarifa.
(DC, 13/05/2013)