03 maio Camarões mortos: especialistas apontam para um encalhe natural
A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) está fazendo uma análise mais concentrada na região do Norte da Ilha, em Florianópolis, depois do aparecimento de camarões mortos na praia de Canasvieiras. A Fatma realizou uma coleta da espécie na segunda-feira (29), depois de denúncias da população. As coletas foram levadas para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) onde apontou que os crustáceos eram adultos, da espécie Peisos petrunkevitchi, não consumida pela população.
De acordo com a professora de ecologia e zoologia da UFSC Andrea Freire os crustáceos tinham aparência normal, sem alterações morfológicas. Para o gerente de análise da qualidade ambiental da Fatma, Haroldo Tavares Elias, a causa mais provável da morte seria um encalhe natural, devido ao vento forte que veio do Norte, confirmado pela EPAGRI/CIRAM.
Uma série de fatores, como a morte de apenas uma espécie, aponta para a não contaminação da água. No entanto, a Fundação que já realizava análises semanais da região norte, durante a alta temporada, vai continuar o trabalho por precaução.
Os Peisos petrunkevitchi
Esses crustáceos vivem na meia água, nadando em cardumes, em locais com até 50 metros de profundidade. É uma espécie costeira que aparece na Argentina, Uruguai, Sul e Sudeste do Brasil.
Ele não vive no fundo como os camarões rosa, branco, ferrinho, sete barbas e outros pescados comercialmente. Vive na meia água e serve de alimento para os peixes como pampo, espada, entre outros.
(Fatma, 02/05/2013)