Jogo duro contra os porcalhões: a educação pelo bolso

Jogo duro contra os porcalhões: a educação pelo bolso

Por Carlos Damião (ND, 30/04/2013)

O presidente da Comcap, Ronaldo Freire, fez visita técnica ao Rio este mês e pôde acompanhar lá a reação à notícia que a partir do segundo semestre, quem for flagrado jogando um chiclete nas ruas cariocas terá de pagar R$ 157 e quem jogar entulho, até R$ 3 mil. “É a educação pelo bolso, pretendemos abrir essa discussão com a sociedade também em Florianópolis”. No Rio, que foi apontada a nona cidade mais suja entre 40 destinos turísticos mundiais pela TripAdvisor, a situação é bem mais dramática do que na capital catarinense. Ainda assim, em Florianópolis, informa Ronaldo Freire, são retirados pelas equipes de varrição do Centro e do Continente 600 sacos por dia, o que dá uma média de 12 toneladas de lixo jogado no chão a cada dia. É o dobro do que é recolhido nas papeleiras azuis instaladas nessas áreas. Para ter ideia do custo dessa operação, são 240 auxiliares operacionais ocupados com varrição de ruas, praticamente a mesma quantidade de garis que recolhem todo o resíduo domiciliar em Florianópolis.

Latrina

Por falar em sujeira, quem circula de manhã bem cedo pelo entorno do El Divino, principal casa noturna do centro da Capital, percebe o nível dos frequentadores. A sujeira é surpreendente. E o cheiro de urina, num dos metros quadrados mais valorizados da cidade, dá à região da Beira-mar Norte e Almirante Lamego um aspecto de latrina a céu aberto.