04 mar Passarelas do elevado do CIC nunca foram revitalizadas
As três passarelas no entorno do elevado Vilson Kleinübing, conhecido como elevado do CIC, em Florianópolis, precisam de manutenção. As vias, construídas há 11 anos, nunca foram revitalizadas e tiveram as coberturas de policarbonato arrancadas por vendavais ou vandalismo e nunca foram repostas. As barras de proteção lateral estão sendo corroídas pela ferrugem. Em alguns pontos, as barras caíram e apenas uma rede plástica de proteção foi instalada.
Pedestres que circulam pelas passarelas estão agoniados com o descaso e temerosos a respeito da segurança. Um deles, ao observar o serviço de pintura do elevado de frente para as passarelas, que iniciou na terça-feira por ordem da prefeitura e tem investimento de R$ 136.925,00, ficou indignado. “Há outras prioridades na cidade do que lavação e pintura do elevado. Não adianta deixar bonito e não ter estrutura. Falam tanto de mobilidade, mas na prática não funciona”, reclamou Rudnei Camilo de Freitas, 38 anos.
Abílio Silva Filho, 53, aposentado que já morava na região do elevado antes da instalação das passarelas, afirma ter feito várias reclamações na Ouvidoria da prefeitura, até que desistiu de brigar pelo espaço público por ouvir sempre a mesma resposta: “Estamos avaliando, já temos projeto”. “O local está abandonado. Quando o elevado e as passarelas foram construídos ficamos muito felizes, mas agora já não temos mais segurança. Levo minha filha para a creche passando por aqui, mas tenho que ficar atento com essas aberturas na lateral”, relatou.
Comitê gestor precisa aprovar reformas
João Amin, vice-prefeito e secretário de Obras do município, disse que a atual administração atualizou o levantamento do estado das passarelas da cidade, feito pela antiga gestão, e agora aguarda a aprovação do comitê gestor para dar início aos processos burocráticos que desencadearão na revitalização destas vias. A recuperação das três passarelas foi orçada em R$ 136 mil, praticamente o mesmo valor gasto na lavação e pintura do elevado.
Amin não detalhou o critério usado para liberar a pintura do elevado antes da recuperação das passarelas. Apenas afirmou que “foi uma determinação do prefeito porque estava muito sujo e cheio de pichações”. “Todas as despesas a partir de R$ 7.500 devem ser encaminhadas ao comitê gestor. Encaminhamos este projeto para aprovação e ainda não tivemos retorno. Assim que tivermos o ‘ok’ daremos início à recuperação”, justificou.
Segundo o secretário, nesta análise das passarelas também foi feito o orçamento para a recuperação da passarela do Terminal Rodoviário Rita Maria, que custará R$ 312 mil. A passarela foi inaugurada em 1986. Desde então, nunca teve manutenção ou reforma. A revitalização é uma exigência do Ministério Público e, segundo Amin, é a que está em pior estado e deve ser prioridade. Assim como as outras passarelas, o orçamento aguarda provação do comitê gestor para dar início ao processo.
(ND, 01/03/2013)