BRT e o surreal

BRT e o surreal

(Por Sergio da Costa Ramos, DC, 22/03/2013)

Contrariam as leis da física – dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo – aqueles românticos que sonham em resolver o problema da mobilidade na Ilha sem novas vias, sem um futuro túnel submerso, a quarta ponte ou as duplicações de ruas saturadas, como a Madre Benvenuta e a Antônio Edu Vieira. Quem pensa que o BRT, sem essas novas artérias, desobstruirá a esclerose da cidade, espremida entre o mar e a montanha, está muito enganado. O sistema – uma novidade de 40 anos em Curitiba, cidade plana – poderá ajudar, mas não resolverá o nó górdio. Em São Paulo, os corredores exclusivos de ônibus funcionaram em 2012 a uma velocidade de 13,4 quilômetros por hora. Em Nova York, a velocidade é de 7 quilômetros por hora.

Surreal: novas ciclovias sem vias?