05 fev Quem vai pagar
(Por Rafael Martini DC, 04/02/2012)
As cinco empresas do transporte coletivo de Florianópolis ainda não fecharam as contas sobre o prejuízo com a onda de atentados. Desde novembro, 12 ônibus já foram incendiados, totalizando R$ 3,6 milhões em prejuízos materiais. Se forem contabilizados a queda no número de passageiros por conta do medo e os recentes aumentos de insumos como o óleo diesel, o rombo neste ano deve ultrapassar o déficit de R$ 15 milhões, conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte (Setuf) Waldir Gomes da Silva.
Uma reunião informal da direção do sindicato, ontem à tarde, discutiu exatamente sobre a necessidade de reajuste das passagens do transporte coletivo para cobrir o “rombo” mensal das empresas. A consequência imediata das contas não fecharem é o envelhecimento da frota. Em 2003, a média era de 3,5 anos. Agora, 7,7 anos. O motivo, explica Silva, é simples: o número de passageiros, cerca de 5,3 milhões por mês, é o mesmo nos últimos 10 anos. O prefeito Cesar Souza Junior disse que reajuste de tarifa está fora de discussão no momento.