07 fev Força total nas ruas de SC
Nova onda de ataques leva policiais civis e militares a abrirem mão das folgas para combater criminosos e a adotarem cuidados para que não se tornem alvos
Em Joinville, os policiais militares têm tempo de ir em casa tomar um banho, fazer uma refeição e dormir oito horas antes de voltar ao trabalho. Em Florianópolis, até mesmo o número de atestados médicos caiu, tamanha é a mobilização no combate aos atentados. A Polícia Civil está com todo o efetivo. A rotina da segurança é esta desde o dia 31.
A mobilização passou a ser ainda maior após ataques a casas de agentes e órgãos de segurança. Os policiais em férias foram chamados, e as noites têm sido em barreiras, rondas e escoltas a ônibus.
Na madrugada de ontem, uma bomba foi arremessada na garagem da casa do ex-diretor do Presídio de Chapecó, Amarildo Velloso de Andrade. O forro da garagem, telhas, o portão e a traseira do carro dele foram danificados.
Audácia de criminosos motiva os policiais
A audácia dos criminosos é respondida com mobilização dos policiais, que afirmam não temer a rotina. Os militares que fazem serviço administrativo engrossam as patrulhas à noite. Nas áreas mais afetadas, os homens saem às 13h do batalhão e voltam somente de madrugada.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, em Florianópolis, tenente-coronel Carlos Araújo Gomes, disse que, pela escala normal, para cada hora trabalhada há três de descanso. Ou seja, turno de 12 horas e 36 horas de folga. Desde que os atentados recomeçaram, a relação é uma hora trabalhada por uma hora de descanso.
O diretor regional de Polícia Civil da Grande Florianópolis, delegado Ilson da Silva, afirmou que as 71 viaturas e cerca de 160 homens disponíveis na região patrulham as ruas durante as noites. O pessoal do dia se reveza no reforço.