Paradisíaca Ilha do Campeche deixa os turistas encantados em Florianópolis

Paradisíaca Ilha do Campeche deixa os turistas encantados em Florianópolis

“Es divino, es divino”, repetiam as amigas uruguaias Eloisa Rodales, 24 anos, Lucia Acevedo, 23, e Fabiana Garcia, 23, pela primeira vez na Ilha do Campeche. Hospedadas em Canasvieiras, elas fizeram o passeio com uma excursão. Por causa do pouco tempo de permanência, as uruguaias preferiram aproveitar a praia, ficar na areia branca e fina e tomar banho na água transparente do mar do Campeche. A ilha, localizada a 1,8 quilômetro da praia do Campeche, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2000, pela grande quantidade de inscrições rupestres.

Duas associações têm direito ao uso público da ilha: a Couto Magalhães, desde 1940, e a Pioneira da Costa. São três transportadores autorizados pelo Iphan: Associação dos Pescadores da Armação (480 pessoas), os botes da praia do Campeche (40 pessoas), e as escunas da Barra da Lagoa (190 pessoas), além da cota da Associação Couto Magalhães (80 pessoas).

O trajeto Armação – Ilha do Campeche é feito por 29 embarcações de pescadores, que durante a alta temporada não podem pescar. A maioria dos visitantes que frequenta a ilha são argentinos e turistas estrangeiros, que chegam a somar 90%. Turistas brasileiros são mais comuns nos fins de semana e feriados.

Quarenta monitores se revezam para orientar os turistas a manter a praia limpa. Por dia, 20 deles trabalham nas trilhas terrestres e subaquáticas. Para ser monitor, o Iphan oferece um curso de capacitação todos os anos. As inscrições iniciam em agosto. As aulas teóricas e práticas começam em setembro e vão até meados de dezembro. Qualquer pessoa pode se inscrever, o requisito é ter no mínimo 16 anos.

Esta é a primeira temporada de Kato Higughi, 24. Ele foi trabalhar como monitor da Ilha do Campeche após convite da mulher, que já tinha trabalhado outros anos. “Cada um traz o seu conhecimento e eu contribuo registrando em fotos e vídeos das trilhas terrestres e subaquáticas”. Higughi trabalha com cinegrafia há dez anos.

Seu Nabor

Dono de um dos dois restaurantes da Ilha do Campeche, Nabor João dos Santos, 65 anos, é um dos visitantes mais antigos do local. Há 20 anos começou com um barzinho vendendo cachaça e cerveja. Com o tempo foi aumentando o número de visitantes e o bar virou restaurante. Quem trabalha são os familiares, filhos, netos e sobrinhos. Uma das filhas é quem toma conta da cozinha.

Na alta temporada, Nabor praticamente mora na ilha. Aos domingos de manhã ele volta para a Armação, onde mora com a mulher, e segunda-feira cedo já retorna com a família para a ilha. Durante o inverno ele pesca.

Caminhos da ilha

De meia em meia hora, saem grupos de no máximo 16 pessoas, acompanhados de dois monitores. A Ilha tem três trilhas curtas, com duração de aproximadamente uma hora de ida e volta: Letreiro, Pedra Fincada e Pedra Preta. Para fazer essas trilhas é cobrada uma taxa de R$ 10.

A trilha Volta Leste, com custo de R$ 15, passa pelos três principais pontos da ilha: Letreiro, Pedra Fincada e Pedra Preta. A trilha Volta Norte custa de R$ 20 e tem duração de três horas de caminhada. As trilhas subaquáticas custam R$ 40 e o aluguel de máscara é de R$ 5. Durante a baixa temporada tem plantão com saídas na praia da Armação.

Planos para voltar

Aos 19 anos, as amigas argentinas foram juntas pela primeira vez à Ilha do Campeche. Florencia Jali, Ayeler Bigo, Sofia Bariono, Gioninna Cherubini, Augustina Beade, Ayeler Guio, Agustine Anzotegui e Sabrina Polunosil adoraram o passeio indicado por três delas. Também aproveitando a ilha pela primeira vez, o casal argentino Agustin Costa, 32 e Valentina Lencina, 35, hospedados em Mariscal, Bombinhas, foram de carro até a Armação só para fazer o passeio indicado pelo cunhado de Agustin. As estudantes e amigas uruguaias Maria Noel Vargas, 25, e Velentina Garin, 24, já planejam a próxima visita à Ilha do Campeche. “A ilha é muito linda, queremos voltar”, diz Maria.

(ND, 14/01/2013)