25 jan Balneabilidade e qualidade ambiental
(Por Haroldo Tavares Elias, DC, 25/01/2013)
As atividades humanas estão transformando o ambiente do globo. Dois terços da população vive em regiões costeiras, o que proporciona a elevação de efluentes domésticos e industriais que modificam as características naturais dos recursos hídricos. O monitoramento utilizando indicadores ambientais é um método para subsidiar a avaliação de atividades públicas ou privadas consideradas potencialmente causadoras de degradação ambiental.
O Programa de Balneabilidade da Fatma realiza o monitoramento e avaliação da qualidade das águas em mais de 200 pontos dos 564 km da costa catarinense, sendo considerado pelo IBGE um dos mais efetivos do país. A pergunta que sempre surge: verificada a situação imprópria, quais são as providências tomadas? Em primeira instância, a divulgação e transparência dos resultados expõem os problemas, subsidiando debates e cobrança da população mitigação de fontes poluidoras.
Em segundo ponto, não compete à Fatma o saneamento básico e, sim, aos municípios. Contudo, a Fatma, em 2012, realizou análises do seu banco de dados e, fundamentado nos últimos 10 anos, emitiu relatórios identificando os índices de propriedade/impropriedade para o conjunto de pontos monitorados, em especial, os pontos críticos. Além disso, a Fatma realiza a avaliação da eficiência de várias estações de tratamento de efluentes.
A falta de saneamento é uma das principais causas das condições verificadas, dos 27 balneários do Estado, em torno de 50% têm sistemas de coleta de esgotos em operação.
A natureza, a qualidade de vida e o futuro do turismo em Santa Catarina estão relacionados à preservação da qualidade das águas. A manutenção e o aperfeiçoamento de programas de avaliação da qualidade ambiental têm cada vez mais importância.