08 jan Após vazamento, oito mil litros de óleo são retirados da Tapera, em Florianópolis
Não está descartada a possibilidade de contaminação do mangue e da Baía Sul, onde há fazendas de ostras
Cinco dias de operação, oito mil litros de óleo retirados da subestação da Celesc, no Sul da Ilha. Resta na vala de drenagem, no bairro Tapera, 30% dos resíduos. Tóxicos, segundo a Fatma (Fundação do Meio Ambiente). Doze homens trabalham no local, supervisionados por técnicos da empresa Ecosorb, especializada na redução dos danos ambientais. Resultado das coletas serão entregues pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina), de Blumenau, aos técnicos da Fatma, na segunda semana de janeiro. Os fiscais não descartam a possibilidade de contaminação do mangue e da Baía Sul, onde há fazendas de ostras.
Há um mês, o vigia da subestação registrou na planilha roubo das tampas de cobre dos tanques TT1, TT2 e L2D. O diretor da distribuição da Celesc, Cleverson Siewert comunica que a empresa soube do vazamento dos 11,6 mil litros de óleo no dia 19, à tarde. Passados dois dias, iniciou-se a contenção e sucção da toxina. Em 50 horas de trabalho, 36 mil litros de óleo e água foram retirados da vala. A estimativa é que nos próximos dois dias a limpeza seja concluída. Os gastos estão orçados em R$ 60 mil. Bombeiros e Defesa Civil colaboraram com a ação.
Das 155 estações da Celesc espalhadas pelo Estado, a da Tapera era a única desativada. Há um ano estava sendo usada como laboratório para os estudantes da UFSC. Tramita no Governo do Estado a ação de transferência da área para universidade, em troca das terras próximas ao aeroporto. Nos bastidores é discutido de que é a culpa. “Primeiro resolvemos, depois iremos sentar e conversar para analisarmos quem é o responsável pela área”, afirma Siewert.
Siewert, também, esclarece que não há hipótese de falhas semelhantes nas outras subestações: “são monitoradas 24h por dia”. Os dois transformadores de energia, da Tapera, não serão mais carregados com óleo – que serve para resfriar as máquinas – a subestação está oficialmente desativada. Laudos da Fatma determinarão se a poluição foi atenuada.
(ND, 27/12/2012)