18 dez Pesquisa revela perfil do administrador catarinense
Amostra com cerca de 1, 6 mil indivíduos buscou manter a representatividade das regiões e dos ramos de atividade
Os administradores catarinenses são, na sua maioria, homens, com uma média de 30 anos e formados em universidades particulares. Essas são algumas das conclusões apontadas pela pesquisa inédita do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina (CRA-SC), sobre o perfil do profissional da Administração no Estado.
A pesquisa analisou uma amostra de 1575 indivíduos, administradores da base de dados do CRA-SC e empresas da base de dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC), com informações de localização e atividade econômica, permitindo a representatividade por região e por ramo de atividade.
O estudo foi apresentado nesta segunda-feira, 17, em evento aberto no auditório do CRA-SC – entidade que atualmente conta com 30 mil filiados -, no Centro de Florianópolis. Seu objetivo é aproximar o perfil dos profissionais recém-saídos das universidades com o exigido pelo mercado de trabalho.
Segundo o presidente do CRA-SC, José Sebastião Nunes, de 2001 a 2004 a Administração viveu um apogeu, assim como a Contabilidade. Atualmente, os profissionais precisam se reposicionar no mercado e, nesse contexto, a compatibilidade entre os profissionais recém-formados e as demandas regionais é um desafio.
Perfil
Das fontes pesquisadas, 778 responderam como pessoa física e 797 responderam em nome das empresas em que atuam. Os graduados em Administração totalizam 1079, sendo que a cada ano, as universidades catarinenses colocam 7 mil administradores no mercado.
Cerca de 90% dos pesquisados ganha até 10 salários mínimos. Posteriormente, os resultados do estudo serão apresentados às universidades e órgãos do setor para que auxiliem na duscussão de seus projetos pedagógicos.
Mercado
Segundo a pesquisa, entre as características que o mercado está exigindo dos profissionais em cargos administrativos e de gestão estão liderança, saber dirigir pessoas, inovação e proatividade. Considerando o olhar regional da pesquisa, pode-se afirmar que, na Grande Florianópolis, a área de marketing é a mais valorizada. No Sul, é o setor de finanças; e no Oeste e no Vale, recursos humanos. A Capital do Estado também se caracteriza por apresentar mais oportunidades no setor terciário (comércio e serviços). Já a indústria mostra mais demandas no Oeste e no Sul.
Formação
Para o diretor geral da ESAG, administrador Mário César Barreto Moraes, nos cursos de Administração do Estado, as disciplinas não conversas entre si e essa falta de interdisciplinaridade acaba tendo consequências na visão sistêmica do profissional, uma das principais demandas do mercado. Outra debilidade apontada por Moraes na formação do administrador é a capacidade de otimização de recursos, fator importante na gestão racional, fator agravado no caso de pessoas não formadas em Administração.
(DeOlhoNaIlha, 17/12/2012)