05 nov Transporte marítimo: agora vai
Artigo escrito por Ronério Heiderscheidt – Prefeito de Palhoça (DC, 05/11/2012)
Navegar é preciso, já pregava o poeta português Fernando Pessoa, que, só para citar, foi através dos mares que os continentes foram desbravados e a modernidade conquistada.
Com o aval de Amyr Klink, empreendedor de expedições marinhas e escritor, tivemos a certeza de que a Grande Florianópolis tem vocação natural para implantar seu sistema de transporte marítimo.
Klink, que esteve em Palhoça nos visitando, ficou impressionado com o projeto que criamos desse novo modal. E o que nos deixou ainda mais motivados para persistir foi a informação repassada por ele de que a maré dessa parte do litoral é semelhante à do Mar Mediterrâneo: maré baixa, que facilita a conexão entre a terra e o mar.
As conquistas são feitas de parcerias. Quando, há dois anos, decidimos que Palhoça iria adotar esse novo modal como alternativa viável e econômica para a mobilidade, andamos um longo caminho. Ainda estamos percorrendo, porque a burocracia é a nossa principal inimiga. Mas pela melhoria da qualidade de vida da população – o sistema vai beneficiar 1 milhão de pessoas –, a Grande Florianópolis terá sinal verde à adoção do transporte marítimo.
Temos apoios dos representantes da Marinha, do governo estadual, da imprensa e de todos aqueles que perceberam a necessidade e a urgência de se adotar uma alternativa simples, funcional e viável.
Para implantar o modal, que vai conectar Florianópolis, Palhoça, Biguaçu e São José, são necessários R$ 20 milhões, 2% do valor de uma obra como a quarta ponte, que oscila em R$ 1, 2 bilhão. Logicamente, esse modelo via mar tem de estar devidamente integrado ao transporte coletivo. Agora vai. Estamos colocando à disposição do governo do Estado a legislação e projetos aprovados para ajudar na implantação imediata do modal que vai virar a Grande Florianópolis de frente para o mar.