O desafio da cidade sustentável

O desafio da cidade sustentável

Artigo escrito por Luís Lima – Presidente da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) (DC, 13/11/2012)

A construção de uma Florianópolis mais sustentável não é desafio apenas do poder público. Toda a sociedade, incluindo consumidores e setores produtivos, pode e deve dar a sua contribuição para alicerçar uma cidade ambientalmente correta. E o perfil dos edifícios da selva de pedra faz muita diferença, pois uma cidade sustentável passa por construções sustentáveis.

O concreto, amplamente utilizado na construção civil, apresenta isolamento térmico baixo em relação a materiais similares como os blocos cerâmicos. Já o uso abundante de vidro resulta em aumento excessivo da temperatura, com a entrada de luz nos ambientes. A má escolha de materiais acarreta em elevação na conta de energia, devido a despesas com ar-condicionado, comprometendo a etiquetagem ambiental de uma edificação.

Para mudar, Florianópolis conta com um bom exemplo europeu: Copenhague, na Dinamarca. A cidade quer ser o primeiro município no mundo a neutralizar as emissões de carbono e a estratégia da prefeitura dinamarquesa para zerar a conta ambiental é simples: planejamento urbano, expansão consistente do transporte público e elevadas exigências de eficiência energética para as edificações.

Um dos elementos mais presentes para atender às exigências da prefeitura são os tijolos cerâmicos. Além do isolamento térmico, os tijolos cerâmicos são utilizados por ajudar na qualidade do ar interno, devido à sua porosidade e características físicas próprias da argila. Não há soluções mágicas: a legislação, o comprometimento dos setores produtivos, a escolha consciente dos consumidores e o envolvimento de toda a sociedade civil são os alicerces da construção de edifícios e de um futuro mais verde.