13 nov Cruzeiros e o turismo da Capital
Artigo escrito por Ernesto São Thiago – Diretor de Turismo da Acif (DC, 13/11/2012)
De grande valor simbólico o tema turismo haver sido constantemente abordado durante a campanha eleitoral pelos candidatos a prefeito de Florianópolis, postando definitivamente esta indústria, grande dinamizadora da economia, em pé de igualdade com as demais. A constância de perguntas com esta temática em debates entre eles reforçou isto.
Muito se falou em alternativas para minimizar a sazonalidade, dando-se ênfase ao turismo de eventos e ao ecoturismo. O Brasil já tem uma temporada de cruzeiros que dura até oito meses, levando milhares de turistas quase que diariamente aos destinos que os recebem.
Porém, o tema, quando abordado pelos candidatos, o foi superficialmente. Não obstante, é receita clássica no mundo todo para dinamizar a economia. Cada navio que chega é um grande evento, já disse um ministro no Caribe: “Ouve-se o som do dinheiro a bordo”.
O Rio faturou R$ 210 milhões com os cruzeiros em 2010-2011, de outubro a maio, com gastos de turistas e tripulantes em terra, inclusive em hotelaria, e ressuprimento dos navios com toneladas de produtos, muitos deles de produção local.
A implantação de um terminal de cruzeiros é apontada como diferencial de competitividade por estudo do Ministério do Turismo, é demandada pelas cruise lines que operam em nossa costa e, por tudo isto, foi eleita por unanimidade pelo Conselho Municipal do Turismo, no Plano de Turismo de Florianópolis, como ação estratégica prioritária para nosso desenvolvimento na área.
O prefeito eleito precisa está atento a este detalhe, até porque assumirá com a temporada em andamento, talvez com uma ou mais escalas de teste a exigir especial atenção. As variadas promessas eleitorais, de creches à entrega de remédios a domicílio, precisam da economia do município dinamizada para serem cumpridas e mantidas.