30 out Imóveis abandonados no Centro de Florianópolis passam por vistoria
Nove imóveis abandonados no Centro da Capital invadidos por moradores de rua e usuários de drogas foram alvo de uma ação, na noite de segunda-feira, que reuniu representantes de órgãos públicos e da comunidade. A Polícia Militar, o programa de Abordagem de Rua, o Conselho Tutelar e o Conseg do Centro acompanharam as vistorias do MP (Ministério Público) que têm o objetivo de registrar a situação dos imóveis, dar os encaminhamentos iniciais e fazer a posterior intimação dos donos. A Casa de Câmara e Cadeia foi um dos prédios examinados pela equipe. O promotor do MP, Daniel Paladino, adiantou que a Prefeitura de Florianópolis será intimada a dar esclarecimentos.
“Conseguimos ver que a vedação feita não está correta. A situação é vulnerável. Além disso, nós queremos a restauração desse bem e sua conservação como acervo histórico”, explicou. Essa foi a quarta vistoria realizada nesses moldes. Nas três anteriores – a primeira realizada há um ano –, 11 casas foram visitadas e nove já tiveram situação regularizada com o trabalho da 30ª Promotoria de Justiça. “Dependendo do caso, damos prazo de 90 dias para tomada de providência. Nas próximas vistorias passamos nas casas para ver se está tudo certo”, comentou Paladino.
Em uma das construções que ainda não tiveram solução, na rua Albertina Ganzo, uma família mora há quase cinco anos. Nesse cenário, a equipe de Abordagem de Rua é crucial. Eles fazem o primeiro contato com os moradores de rua e oferecem opções de saída. Mas a maioria não quer mudar de vida.
“Eles têm um lugar fácil para ficar, ganham dinheiro com furtos e trabalho de flanelinha e ainda usam drogas. Estamos tentando combater esse tripé para que eles busquem cada vez mais os programas sociais”, comentou o coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da PM.
(ND, 30/10/2012)