16 out Audiências para discutir contorno viário da Grande Florianópolis começam nesta terça-feria
Primeira de três audiências públicas ocorre em Biguaçu, mas o ponto alto da programação será sexta, com a manifestação na 101
Mobilização da sociedade. É com isso que mais de 20 entidades sociais e de classe contam para tirar o contorno viário da BR-101 do papel. A espera, que dura 14 anos, ganhou uma agenda de ações. Elas começam com uma audiência pública, hoje, em Biguaçu. Amanhã será em Palhoça e, na quinta-feira, em São José. A ideia é debater a importância do contorno viário com órgãos públicos e levar a discussão a Brasília. Além dos encontros, haverá, na sexta-feira, uma panfletagem em pontos congestionados da BR-101. O protesto está marcado para às 16h e deve ir até as 18h. O mascote do movimento não poderia ser outro, uma tartaruga, que está sendo confeccionada.
– Nem vamos precisar parar o trânsito, porque ele já estará parado. Desta vez, estou muito esperançoso, não temos outras armas que não seja a mobilização da sociedade e a conscientização – ressalta Tito Schmitt, presidente da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis e Câmara de Dirigentes Lojistas (Aemflo/CDL) de São José.
Prejuízos a empresários e consumidores
Além do prejuízo do tempo, que se perde entre as cidades de Biguaçu, Florianópolis, São José e Palhoça, o congestionamento leva outros problemas à região, como encarecimento do produto para o consumidor, mais despesas a empresários e dificuldade de escoamentos da indústria. A opinião é dada por quatro representantes de entidades comerciais e empresariais da Grande Florianópolis.
(DC, 16/10/2012)
Importante para o Sul
O contorno é fundamental. Não conseguimos desviar 40% de movimento de carros da 101 porque o contorno não está pronto. A classe política de Brasília não deve ver a importância disso. O contorno viário é importante para SC, RS e PR. Ele é importante para o Brasil. Queremos sensibilizar não só a nossa região e o nosso Estado. Queremos sensibilizar todos os usuários que passam por ali. Uma passagem que dura 30 minutos, de Tijucas até depois de Palhoça, hoje leva 1h30min. Os prejuízos são grandes. Não se consegue mensurar a gasolina perdida e óleo queimado inutilmente. Trabalho na indústria da construção civil. Há seis anos, fazia cerca de quatro, cinco entregas em Florianópolis. Hoje, estamos fazendo duas por dia e olhe lá.
TITO SCHMITT | Presidente da Aemflo/CDL de São José
(DC, 16/10/2012)
Hora de pico contínua
A BR-101 foi transformada em via urbana, e é preciso tirar esse trânsito pesado de lá. Tirar quem está transitando na 101. Não tem porquê transitar nela. Isso é durante todo o dia e é um problema para nós. Nosso trânsito está sobrecarregado. Qualquer atividade profissional terá uma perda de tempo em média de 40 minutos. Já não temos mais a hora de pico e a hora que dá uma aliviada. Em todo horário há movimento.
Não temos dados precisos dos prejuízos, mas, no nosso ramo de atividade, da distribuição de alimentos, tivemos que ter dois veículos a mais, com dois motoristas e dois auxiliares, porque é preciso trabalhar uma hora mais cedo e sair uma hora mais tarde.
CLÁUDIO HOELLER DE SOUZA | Presidente Associação Comercial e Industrial de Palhoça (Acip)
(DC, 16/10/2102)
Escoamento da produção
O contorno é importante pela mobilidade urbana, sem contar para o desenvolvimento que isso vai dar para as regiões e outros lados. Envolve, ainda, locomoção para a indústria, escoamento de safras, até para Argentina e Uruguai, e isso é muito importante.
Se você sair de Biguaçu e for a Curitiba, vai muito mais rápido do que se for de Biguaçu a Pinheira (Praia em Palhoça). Imagine caminhões e caminhões, com aves e suínos, sendo que essas cargas poderiam passar direto por ali. A indústria procura fugir deste trecho, porque ele atrapalha. Biguaçu parou de crescer. Esse trânsito não gera indústria. Não conseguimos fluir o nosso produto.
VALÉRIO SILVA | Presidente Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu (Acibig/CDL)
(DC, 16/10/2102)
Um trecho do passado
Eu tenho certeza que o contorno viário é indispensável, porque vai desviar todo o tráfego que vem da região de São Paulo, Curitiba e Sul do país. Hoje, as grandes cidades ou as cidades planejadas não têm mais esse fluxo, passando por dentro da cidade. Facilita a mobilidade entre a Grande Florianópolis e, com isso, vai aliviar também a Via Expressa. Além disso tudo, há caminhões de carga, que para ir para o Sul ou Norte do país, precisam passar por lá. Isso encarece o custo do frete e, automaticamente, os produtos, prejudicando a indústria, principalmente a de produtos perecíveis.
Acredito muito quando uma sociedade se junta por uma causa.
ZENA BECKER | Presidente da Associação FloripAmanhã
(DC, 16/10/2012)
Opinião DC – Como está é que não dá para continuar
O contorno viário de Florianópolis, obra crucial para desafogar o trânsito, é reivindicação antiga da população da região. Tão antiga quanto o são as promessas feitas à exaustão por políticos e administradores públicos de implantá-lo. Promessas que se repetem, principalmente, em períodos eleitorais. Mas promessas nada mudam no mundo real. Obra viária da magnitude do contorno depende de recursos federais. Sem ele, Florianópolis e seu entorno, que já estão “devagar, quase parando”, vão parar de vez. As audiências públicas e a manifestação que, esta semana, terão como tema o contorno, valem como um renascer de esperanças. Como está é que não dá para continuar.
(DC, 16/10/2012)
Audiências para discutir contorno viário da Grande Florianópolis começam nesta terça-feria
Mobilização da sociedade. É com isso que 17 entidades sociais e de classe contam para tirar o contorno viário da BR-101 do papel. A espera, que dura 14 anos, ganhou uma agenda de ações. Elas começam com uma audiência pública, nesta terça-feira, em Biguaçu. Na quarta-feira, será em Palhoça e na quinta, em São José. A ideia é debater a importância do contorno viário com órgãos públicos e levar a discussão a Brasília.
Além dos encontros, haverá na sexta-feira uma panfletagem em pontos de congestionamento da rodovia federal. O protesto está marcado para às 16h e deve ir até as 18h. O mascote do movimento não poderia ser outro, uma tartaruga, que está sendo confeccionada.
_ Nem vamos precisar parar o trânsito, porque ele já estará parado. Desta vez, estou muito esperançoso, não temos outras armas que não seja a mobilização da sociedade e a conscientização _ ressalta Tito Schmitt, presidente da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis e Câmara de Dirigentes Lojistas (Aemflo/CDL) de São José.
Entidades engajadas
Associação Brasileira da Indústria de Hoteis (ABIH)
Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu (Acibig/CDL)
Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif)
Associação Empresarial da Região Metropolitana de SJ (Aemflo_CDL/SJ)
Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea)
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis
Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia de SC (Crea)
Florianópolis Convention & Visitors Bureau
Associação Floripamanhã
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Palhoça
Sindicato dos Engenheiros no Estado de SC (Senge)
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Fpolis (SHRBS)
Sindicato dos Corretores de Imóveis de SC (Sindimóveis)
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)
Associação dos Engenheiros Agrônomos (Aeagro)
Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de SC (Creci)
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Fpolis (Sescon)
Associação Comercial e Industrial de Palhoça (Acip)
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palhoça
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Fpolis (Sescon)
Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio)
Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granflolis)
Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR)
Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon) Associação Catarinense de Engenheiros (ACE)
(Hora de SC, 16/10/2012)