11 set SC ajuda na preservação das onças
Enquanto leciona no curso de Medicina Veterinária na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão, o professor Joares May Júnior, 37 anos, prepara nova viagem de monitoramento de onças no Mato Grosso. A captura e análise epidemiológica dos felinos nas cidades de Poconé e Miranda integram seis projetos de preservação da espécie que servem de referência para instituições ambientais.
Apesquisa começou em 2004, no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, onde permaneceu por cinco anos observando o lobo-guará. Em 2008 passou a pesquisar a onça-pintada.
– Sempre gostei de pesquisar a vida de carnívoros – explica.
Nos últimos anos, foram dezenas de viagens e pesquisas em paraísos ecológicos como o Pantanal, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e Parque Nacional Grande Sertão Veredas, entre Minas e Bahia. O monitoramento e captura para análise das onças permite criar um banco de informações que ajuda a preservar a espécie.
– Pela coleta de sangue, podemos analisar a saúde do animal – diz.
Para que institutos ambientais, como o Onçafari, possam receber essas informações, o professor conta com uma equipe. Parte dela já iniciou o monitoramento das onças. Tudo ocorre em meio a matas e campos. Por segurança, à noite o grupo fica alojado em fazendas. De acordo com Joares May, a captura da onça é feita em uma armadilha com cabos de aço. O monitoramento da equipe de apoio, com o uso de máquinas fotográficas automáticas, ajuda a indicar a rota de passagem dos animais durante a noite, o que é fundamental para a instalação da armadilha.
– Trabalhamos das 18h às 6h – comenta o professor.
Quando o sensor acusa o funcionamento da armadilha, o grupo vai ao local e inicia a pesquisa. Primeiro, põe a onça para dormir com tranquilizante disparado por rifle, efeito que dura uma hora. Neste tempo, há coleta de sangue e registro fotográfico e demais análises que ajudam na preservação da espécie.
(DC, 11/09/2012)