Quarta ligação Ilha-Continente: projeto prevê aterro continental da ponte até a BR-101

Quarta ligação Ilha-Continente: projeto prevê aterro continental da ponte até a BR-101

Um aterro com 2 milhões de metros quadrados, uma ponte com oito pistas – quatro para cada faixa de rolamento, com espaço para pedestres e ciclovia – e uma via expressa de oito quilômetros para ligar a região continental de Florianópolis a BR-101 e bairros de São José e Biguaçu. A ideia está no projeto que a empresa Contern Construções e Comércio entregou ao governo do Estado. O investimento para execução da proposta seria de R$ 1,2 bilhão.
Com o aterro, surge a possibilidade de da criação, no novo espaço, de marinas e um parque público, com complexo esportivo, jardim botânico, pistas de caminhada e ciclismo. A sugestão da Contern é que esse projeto seja elaborado em parceria com a União e os recursos sejam captados junto a iniciativa privada. A empresa prevê a cobrança de pedágio para utilização da nova estrutura.
A via expressa sobre o aterro absorveria parte do trânsito da Ilha para o Continente, e vice-versa. “Assim seria retido um bom volume do tráfego que atualmente se utiliza das travessias existentes, o que causa congestionamento”, escreveram os projetistas, no documento entregue ao Estado.
A nova opção de tráfego terá pistas para trânsito rápido, de alta velocidade. Os carros que circulam só na região Continental contariam com pista de tráfego local. O aterro ainda teria passarelas para pedestres, assim como ciclovias e faixas exclusivas para transporte público.
Outra característica do novo espaço é demarcação de áreas para comércio e para órgãos públicos, uma tentativa, segundo os responsáveis pelo projeto, de reduzir o número de veículos na Ilha.
Pontos positivos
A vantagem apontada pelos responsáveis do projeto pela Contern está nos baixos impactos ambientais e de vizinhança. Além disso, a execução da obra não interferiria no trânsito. Segundo o projeto, o aterro e o novo acesso constam no Plano Diretor de Florianópolis. “Será uma obra realizada com poucas desapropriações, concentradas na chegada da BR-101”, consta no documento, que confirma ainda que a construção do aterro permitirá o desassoreamento da baía.
(ND, 21/08/2012)