Prefeitos e segurança

Prefeitos e segurança

Artigo escrito por Ronaldo Benedet – Deputado federal (DC, 07/08/2012)
Com a proximidade das eleições municipais, o tema da segurança pública será tratado por todos os candidatos. E os municípios podem oferecer contribuições que se somem às medidas já existentes. Sugiro que os futuros administradores municipais busquem intensificar o trabalho de prevenção ao uso de drogas, com campanhas em escolas, junto às famílias e a outros setores da sociedade. Os prefeitos também devem pensar no acolhimento e na redução de danos, tratando o usuário de droga.
Irresponsavelmente, alguns candidatos prometem criar uma guarda municipal para prender criminosos e dar mais segurança aos seus munícipes. Nada disso é preciso. O prefeito deve atuar na origem dos crimes e propor ações que os diminuam. O que pode o prefeito fazer na questão da segurança pública?
Agir nas causas que levam à prática de crimes. O crime que mexe com a sensação de segurança do cidadão é o crime da nossa rua, bairro, comunidade, o delito praticado por usuário e viciado em drogas, que eu chamo de crime social. Quando fui secretário de Segurança Pública de SC, nossa estatística constatava que 80% dos crimes estavam ligados às drogas, lícitas e ilícitas.
A questão da droga deve ser encarada em três pontos fundamentais: autoridade (polícia, cadeia e justiça); prevenção (escola integral, Proerd, educação) e, por último, redução de danos. Há comunidades terapêuticas e clínicas de tratamento de drogados e alcoólatras. Só agora, o governo federal está disponibilizando recursos para isso. Repito: tirar das ruas o usuário de drogas é uma grande solução para reduzir o crime, melhorando a segurança da comunidade. Não compete ao prefeito prender drogados, mas desenvolver ações sociais e de saúde para tirá-los das ruas.