16 ago FloripAmanhã empenhada em recuperar áreas públicas para a comunidade
Cuidar dos espaços públicos existentes e criar novos parques e praças na cidade é um dos principais objetivos da FloripAmanhã. Em reunião com o procurador-geral do município, Jaime de Souza, realizada na quinta-feira (09/08), a Associação cumpriu seu papel de articuladora entre a comunidade e o poder púbico para viabilizar a criação do Parque do Mirante, na Carvoeira, e formalizar a Praça do Poção, no Córrego Grande. Ao lado de representantes destas comunidades, a presidente da FloripAmanhã, Zena Becker, ouviu do procurador que a Prefeitura está dando seguimento aos processos, que envolvem desapropriações e criações de áreas de utilidade pública.
“Estamos buscando unir forças para criar novos espaços de área pública, evitar ocupações irregulares e cuidar das áreas de preservação”, resume Zena.
Parque do Mirante
Durante a reunião na procuradoria-geral do município, Jaime de Souza comprometeu-se em aglutinar despachos relacionados com o Parque do Mirante para iniciar o processo que irá permitir a criação do Parque. Deste modo, a Prefeitura deve iniciar a recuperação de uma área de preservação atualmente degradada e permitir o reassentamento de 55 famílias que ocupam parte da área irregularmente, muitas delas em situação classificado como de risco geológico.
“Hoje a área apresenta-se degradada, existem diversas erosões no solo, lixo acumulado, queimadas, habitações irregulares e as áreas públicas não são urbanizadas. é na realidade uma importante área da Cidade que precisa uma intervenção urgente do Poder Público para sanear todas essas irregularidades existentes”, avalia o presidente do Conselho Comunitário Jardim Cidade Universitária – CONJARDIM, Hélio Carvalho Filho.
A área projetada para o Parque é de 85.865 metros quadrados, dos quais cerca de 40% de área pública. A proposta do CONJARDIM inclui equipamentos esportivos, de lazer e culturais, com destaque para um edifício Mirante localizado no alto do Morro da Carvoeira, com auditório para a realização de shows e atividades culturais ao ar livre para em torno de 450 pessoas. “Destacamos que não existe outro equipamento similar na Cidade. O Morro da Carvoeira já se constitui como um mirante natural que será aprimorado e valorizado com a implantação do prédio do Mirante, favorecendo uma visão verdadeiramente de 360 graus da paisagem”, afirma Hélio. “O Parque trás uma concepção de sustentabilidade com a proposta de produzir energia eólica, utilizar água extraída de fonte existente no próprio Parque e fazer o reuso da água, além de promover a recuperação de boa parte da cobertura vegetal original”, conclui o presidente do CONJARDIM.
Praça do Poção
A localidade que deve ser desapropriada pela Prefeitura já é usada pela comunidade como a Praça do Poção há mais de 20 anos. Na reunião do dia 09/08, com a Procuradoria-geral do Município, representantes da comunidade levaram documentos ao procurador, que afirmou vai propor Decreto para tornar a área de utilidade pública.
“Além de ser o coração da comunidade, é a única área disponível para dotar a comunidade de espaço de lazer”, afirma Rosângela Mirela Campos, Coordenadora do Fórum da Bacia do Itacorubi, juntamente com Hélio Carvalho Filho.
De acordo com Rosângela, nas leituras comunitárias, aprovadas em 2008, por ocasião das discussões do Plano Diretor Participativo, esta área foi reservada como ACI (Área Comunitária Institucional) para implantação de uma Creche, da quadra coberta e da Praça do Poção. No novo Plano Diretor que está em discussão, esta área e da Fazendinha do Córrego Grande foram consideradas como área prioritária para Operação Urbana Consorciada, OUC-7.
“Esta área tem uma função estratégia para o desenvolvimento do Parque Linear do Córrego Grande”, acrescenta Rosângela. “Por estar ao lado da entrada da trilha do poção, esta área é o único local disponível para instalação de equipamentos públicos como bicicletário, banheiro e espaço de estacionamento, que dariam sustentação ao acesso à “Cachoeira do Poção”, parte integrante do Parque Linear, onde a área está mapeada como área adjacente, isto é, área de apoio ao Parque”, conclui a coordenadora do Fórum da Bacia do Itacorubi, que congrega 11 entidade comunitárias da Bacia do Itacorubi, entre as quais a AMOSC (Associação de Moradores do Sertão do Córrego Grande ) e o CCCG (Conselho Comunitário do Córrego Grande).