Bosque passa por revitalização no Estreito, em Florianópolis

Bosque passa por revitalização no Estreito, em Florianópolis

Os espaços verdes estão cada vez mais raros nas grandes cidades. Em Florianópolis, um desses lugares remanescentes é o bosque Pedro Medeiros, inaugurado em 2002 no bairro Estreito com 10 mil m² de Mata Atlântica em um estágio secundário de regeneração. Aberto de terça a domingo, o local recebe estudantes e visitantes que procuram o Bosque para um momento de maior contato com a natureza. O local ainda abriga o museu do presépio, com mais de 100 variações vindos de vários países.
Atualmente, o espaço passa por reforma. Estão sendo reconstruídos os muros e também o lago que está seco, mas que assim que os trabalhos forem concluídos voltará a receber peixes. O investimento para essa manutenção é de aproximadamente R$ 80 mil, recurso da Secretaria do Continente, que mantém o espaço. No total, seis funcionários e dois estagiários realizam a conservação do bosque.
Eles são responsáveis por cuidar das cinco trilhas e alimentar as tartarugas, galinhas de angola, galos, coelhos e pássaros que vivem no bosque. “É um trabalho que cansa, mas é muito gratificante porque estou em contato com a natureza”, disse um dos funcionários da limpeza, José Silvano, 52, que há seis anos trabalha no bosque.
O objetivo do Bosque é manter o máximo de área verde possível. Por isso, o chefe de departamento das unidades externas da Secretaria do Continente, Antônio Carlos Simas, lembrou que não se pretende ampliar os atrativos. “Nossa ideia é preservar a mata atlântica e permitir que as pessoas possam visitar esse lugar e aproveitar a natureza”, destacou.
Moradores da região estão sempre convidados a utilizar o espaço, aberto de terça a domingo das 8h às 18h. Já estudantes e grupos maiores precisam agendar a visita pelo telefone 3348-4328. A entrada fica na rua Afonso Pena, na altura do número 1.070.
Prédio com problemas
Além dos animais, outro atrativo do Bosque é a sede que abriga o museu, uma edificação do século 19, tombada pelo patrimônio histórico. É nela que estão concentrados os grandes problemas do lugar, já que o prédio foi degradado com o tempo e hoje está com problemas elétricos, hidráulicos e no telhado. Com a umidade das árvores, as paredes do museu estão se degradando com o passar dos anos. “Nossa preocupação fica com os presépios que estão guardados aqui, precisamos de expositores melhores”, destacou o funcionário do Bosque, Carlos Alberto Machado.
Por se tratar de uma construção histórica, o Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) precisa auxiliar na reforma. “Ainda estamos negociando com o Ipuf para fazer essas melhorias da forma mais segura”, enfatizou o chefe de departamento das unidades externas da Secretaria do Continente, Antônio Carlos Simas, que pretende realizar melhorias no espaço ainda este ano.
Novos animais devem chegar com a reforma
Além do lago, que voltará a receber peixes, outros animais devem chegar para compor o espaço. O funcionário do Bosque, Carlos Alberto Machado, espera trazer faisões. “Tivemos que retirá-los daqui porque eles fugiam com o muro que estava vazado”, disse Machado.
Apesar de manterem o espaço sempre limpo, os funcionários sofrem com o descaso de muitos visitantes, que principalmente aos finais de semana, não auxiliam na conservação do Bosque. “Temos um plantonista por fim de semana, mas não é incomum chegarmos na segunda com tudo bagunçado aqui”, reclamou Machado.
(ND, 03/07/2012)