06 jun Plano Diretor: Arquitetos conhecem projeto que definirá como Florianópolis poderá crescer
A cidade cuja população aumentou em média 80% nas últimas quatro décadas verá uma redução gradual de seu crescimento vegetativo nos próximos anos, mas terá que se preparar para comportar 756 mil habitantes até 2030. É o que prevê o projeto do Plano Diretor da capital, apresentado nesta semana pelo coordenador Ivo Sostizzo para cerca de 60 arquitetos e urbanistas, em evento promovido pela Associação dos Escritórios de Arquitetura do Brasil regional Santa Catarina (AsBEA/SC), na loja Office Flex. O evento contou também com o apoio da vinícola Abreu & Garcia, que promoveu uma degustação e harmonização de seus vinhos.
Sostizzo lembrou aos presentes a trajetória do Plano Diretor desde o início dos debates, em 2006, quando foram definidos os membros do Núcleo Gestor e feitos inúmeras reuniões nos bairros. “Foi uma etapa muito rica, quando foram listadas 4,3 mil diretrizes, resumidas em 235 propostas que resultaram em 33 macrodiretrizes que darão norte ao documento”, resume o coordenador. “Os associados precisam saber o que prevê o documento que irá nortear os projetos nos próximos anos”, comenta Giovani Bonetti, presidente da entidade.
Entre os princípios básicos do Plano Diretor, segundo Sostizzo, está a necessidade de criar núcleos de desenvolvimento regional, dotando o Campeche como ponto de referência para o sul da Ilha e os Ingleses para o norte: “se essas regiões forem autossuficientes, reduziremos os deslocamentos e favorecemos a mobilidade em Florianópolis”, explica. Segundo ele, o crescimento da cidade entre 2010 e 2030 cairá para 43% e, entre 2030 e 2050 não deverá ultrapassar 15%. “Estima-se que a Ilha terá, em 2030, 641 mil pessoas. Para onde vai esta gente? É o que o Plano Diretor pretende responder”, conclui Sostizzo.
(Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, 05/06/2012)